10 resoluções de fim de ano para controlar o destino financeiro em 2023

Resoluções financeiras para parar de sofrer em 2022 e fazer de 2023 um Feliz Ano Novo “Quando tudo isso vai acabar?” Tenho ouvido essa pergunta com certa recorrência em meu consultório. Pessoas angustiadas com as circunstâncias, pessimistas por não enxergar a luz no fim do túnel. E a mesma pergunta vem de todos os lados, sem prevalência de gênero, idade ou escolaridade. A pandemia veio, mas não acabou, as eleições passaram, mas o brasileiro segue inseguro, com medo. Acho que o indivíduo que mais demonstra toda essa melancolia armazenada é o mercado financeiro! Esse sujeito indeterminado, mas tão transparente e humanamente emotivo, é um verdadeiro eletrocardiograma do coração dos investidores e da população em geral. Se há um divã, um verdadeiro lugar de desabafo, este lugar é o mercado de ações. Ele precifica, se preocupa, sofre de ansiedade, passa por euforia e depressão. Mas quando tudo isso vai acabar? “O destino é só o acaso com mania de grandeza” disse Mário Quintana. A vida realmente é uma sucessão de acasos, de circunstâncias. O cientista Albert Einstein dizia que todos deveriam fazer-se a seguinte pergunta: “O universo é um lugar amistoso?”. Do ponto de vista dele, quem responde “não” a essa pergunta, se arma até os dentes para se defender. Pelo contrário, se a resposta for positiva, o indivíduo será capaz de enxergar oportunidades e construir alianças. Apesar de querermos ter controle das situações, o acaso é incontrolável. O renomado psicólogo comportamental B. F. Skinner realizou pesquisa com pombos famintos oferecendo alimento em intervalos regulares. Mesmo que a oferta de comida não dependesse do comportamento dos pássaros, a maioria deles desenvolveu padrões de comportamento bem estereotipados para consegui-la, tais como dar voltas no sentido anti-horário, bater as asas no período entre apresentação de alimento; enfiar repetidamente a cabeça num dos cantos da gaiola. Os animais desenvolveram comportamento supersticioso, acreditando que, agindo de determinado modo, a comida iria chegar. Pessoas controladoras tendem a sofrer de depressão, ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo e síndrome de burnout. Desta forma, a grande sabedoria está em conseguir distinguir o que está sob nosso controle e o que não está. Por esse motivo, a organização Alcoólatras Anônimos, que oferece ajuda mútua de recuperação de dependentes de álcool, adotou a oração da serenidade para ser repetida em todos os seus encontros. Um trecho da oração diz: “Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distinguir umas das outras”. Essa sabedoria é um dos grandes desafios humanos, e me incluo nesta busca. É o aprendizado que isenta a necessidade de ver luz no fim do túnel para ser feliz; mas ensina a aceitar, agradecer e viver equilibrado mesmo no escuro. Com toda humildade de quem também busca isto para si, aqui vão algumas dicas para terminar o ano bem e começar um 2023 feliz, modificando, na vida financeira, o que realmente está ao nosso alcance: Em vez de entrarmos 2023 como pombos supersticiosos, dando voltas ao redor do corpo, teclando ordens aleatórias de compra e venda de ativos, tentando a sorte em apostas ou reclamando das circunstâncias, é possível sim influenciar o próprio destino escolhendo os passos certos.

Copa do Mundo: por que apostas esportivas são perigosas para os jovens

Apostar não é o mesmo que investir e deve ocupar uma fatia restrita como despesa na categoria de lazer A Copa do Mundo 2022 vai começar! O maior evento público desde o início da pandemia foi adiado para novembro, mês em que as temperaturas são mais amenas no Catar. Espera-se que o mês traga também temperaturas políticas e econômicas mais amenas ao Brasil. E na rasteira do espírito positivo de motivação, esperança, lazer e união em torno do futebol, que sempre uniu os brasileiros, um fenômeno crescente, arrebatador de multidões, tem despertado o interesse da indústria financeira no Brasil: as apostas esportivas. Já é uma tradição histórica cultural em nosso País durante Copas do Mundo o famoso “bolão”, prática adotada entre amigos, familiares e colegas de trabalho, que se reúnem para apostar em performance de equipes e jogadores ao longo do campeonato. A era digital, com seu poder de potencializar práticas em escalas nunca antes vistas, tornou as apostas esportivas uma atividade consolidada e com números de gente grande. A consultoria norte-americana Grand View Research avaliou em 2020 o mercado global em US$ 59,6 bilhões e estima que em 2027 chegará a US$ 127,3 bilhões. Se houver regulamentação no Brasil, o País poderá se tornar um dos principias mercados, dada a paixão pelo esporte no País e o tamanho da população brasileira. O risco para os jovens Já existem muitos aplicativos disponíveis para apostas de todos os tipos e, embora não seja permitida a participação de menores de 18 anos, as apostas têm se popularizado cada vez mais entre o público adolescente, que mente a idade no cadastramento, sem fiscalização. A questão é muito grave e, no curto espaço de tempo, a adição por jogar pode se tornar mais um dos sérios problemas de saúde pública, superando a dependência química, além de favorecer o agravamento do endividamento da população. Adolescentes, devido à puberdade, passam por transformações hormonais intensas nesta fase da vida, o que inclui fortes oscilações da produção de dopamina, hormônio responsável pelo registro de felicidade de longo prazo. A variação biológica ocorre para que o organismo tenha oportunidade de desenvolver novos repertórios comportamentais necessários para a fase adulta, associados à autonomia. No entanto, se os estímulos nesta fase da vida privilegiarem emoções positivas intensas de curto prazo, o comportamento passará a ser emitido com mais frequência e intensidade, e assim se tornará um vício. Ademais, a parte do cérebro responsável pela avaliação de riscos, o córtex pré-frontal, somente tem sua formação completa, em média, após os 20 anos de idade. Não é à toa que adolescentes são mais propensos a se exporem a perigos que podem comprometer sua integridade física, mental, financeira e às vezes a própria vida. Por esta razão, os Estados Unidos, pais que tem jogos de azar legalizados, proíbe que menores de 21 anos entrem nos cassinos. Há similaridade entre apostas e investimentos? Existem similaridades psicológicas entre os mecanismos de apostar e investir, principalmente em investimentos de ações nominadas “tipo-loteria”, aquelas de alta volatilidade e que apresentam pequena probabilidade de alcançar um grande retorno. Assim como os investidores destas ações, em momento esporádicos e pontuais de ganhos, apostadores experimentam picos de emoções positivas, o que leva à euforia e empolgação tornando-os mais avessos à avaliação de risco e mais confiantes em seguir apostando ou fazendo investimentos ruins. Há uma crença de que apostadores profissionais, por fazerem muitos estudos de probabilidades estatísticas de performances de jogadores, estariam aptos a altos retornos, assim como investidores de análise fundamentalista das ações. No entanto, estudos como o de Richard Thaler, ganhador de Prêmio Nobel de Economia, mostram que ganhos em apostas bem-sucedidas, por excesso de confiança e empolgação, são imediatamente usados em novas apostas, com probabilidade de serem malsucedidas. Esse comportamento é chamado de Dinheiro de Casa (“House Money behavior”), dinheiro que permanece no lugar da aposta ou no mercado financeiro, e não no bolso do investidor. Se há semelhanças comportamentais, há também uma diferença fundamental entre investimentos e apostas, quanto à finalidade. A compra de ações favorece a economia real, o crescimento de empresas, a geração de produtos e empregos. Traz retornos financeiros e por isso é classificada como investimento. Já a aposta tem, em sua essência, uma finalidade recreativa e, portanto, é considerada despesa. Como saber se o comportamento recreativo das apostas virou vício? Na fase recreativa, a pessoa joga em um ritmo baixo e tem prazer em diferentes atividades em sua vida. No entanto, quando o prazer em jogar se intensifica e passa a representar alívio de estresse e forte socialização com amigos, a pessoa torna a prática mais frequente, depositando grande parte da satisfação de sua vida no jogo e desenvolve uma adição por jogar. Nestes casos, a ausência do jogo provoca sintomas de abstinência como ansiedade, irritabilidade, mau humor e depressão, o que impulsiona o comportamento para jogar novamente, tornando-se uma compulsão. Por isso, elogiar muito um filho que teve sucesso em apostas ou mesmo em investimentos de curto prazo, ao acaso, sem que ele tenha o conhecimento profundo de um investidor qualificado, pode ser um reforçador social perigoso de indução ao vício de jogar. A prática de apostar não deve ser vista como uma profissão, e precisa ocupar um espaço bem delimitado de uso recreativo, tanto em tempo como em orçamento e em satisfação pessoal. Apostar não é o mesmo que investir e deve ocupar uma fatia restrita como despesa na categoria de lazer. Crianças e adolescentes não estão preparados fisicamente e tampouco psicologicamente para jogos de azar. Para elas, o melhor elogio é aquele que reforça seus talentos, seu empenho em atividades produtivas, que fortaleçam sua autoestima e seu senso de contribuição com a sociedade.

A educação financeira pode te ajudar a parar de fumar; veja como

Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Veja como você poderia economizar ao deixar de fumar Você sabia que a educação financeira contribui para parar de fumar? Uma pesquisa feita no Japão com mais de 3.700 pessoas mostrou que o conhecimento de investimentos e a educação financeira têm relação direta na redução do hábito. O estudo mostrou que pessoas alfabetizadas e educadas financeiramente são menos propensas a fumar porque aumentam sua capacidade de tomar decisões mais racionais, desenvolvem melhor avaliação de riscos e de visão de longo prazo. É claro que não podemos simplificar ou generalizar a conclusão da pesquisa, pois levantaria uma falsa premissa. Seria o mesmo que dizer que não há fumantes entre investidores ou profissionais do mercado financeiro. No entanto, o estudo traz evidências de que o aumento da capacidade de tomar decisões racionais, o desenvolvimento do autocontrole, o desenvolvimento de visão de futuro e de capacidade de planejamento são redutores de ansiedade, e por consequência redutores de vícios. No dia de hoje, 29 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Fumo, trago alguns números para ampliar a informação e a sensibilização sobre o impacto do mau hábito nas finanças. Quanto você gasta com cigarro? Imagine uma pessoa com o hábito de fumar meio maço de cigarros por dia, a um custo de R$ 10,75 o maço. Em uma conta simples, o gasto aproximado seria de R$ 1.960,00 em um ano. Mas, se estamos em um artigo para investidores, o cálculo correto deve ser feito a juros compostos. Portando, considerando a taxa de juros de 15% ao ano (factível de ser conseguida em renda fixa no dia de hoje), pro rata (proporcional) ao dia, calcula-se que a pessoa conseguiria guardar quase R$ 2.100,00 ao longo de um ano se deixasse de ser fumante e investisse o equivalente a meio maço de cigarros, todos os dias. Veja na tabela abaixo mais simulações quanto à economia no orçamento e aumento nas reservas, apenas deixando de fumar: Quantidade de maços por dia sem fumar Valor equivalente aos maços economizados investido por dia Patrimônio acumulado investindo o equivalente todos os dias, após um ano Patrimônio acumulado investindo o equivalente todos os dias, por 5 anos 0,5 maço /dia R$ 5,38/dia R$ 2.080,00 R$ 14.000,00 1 maço/dia R$ 10,75/dia R$ 4.150,00 R$ 28.000,00 2 maços / dia R$ 21,50/dia R$ 8.300,00 R$ 56. 000,00 *Os números acima foram calculados a taxa de 15 % a.a. pro rata ao dia e valor do maço assumido de R$ 10,75. Números foram arredondados para fins didáticos. A conta ainda ficaria mais impressionante, em potencial de economia, se calculássemos equivalências com gastos maiores em outras fontes de nicotina, como cigarros eletrônicos e charutos. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 20 milhões de brasileiros fazem uso de produtos derivados do tabaco. Outro estudo do IBGE, em conjunto com pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), apontou taxas crescentes de experimentação de narguilé, cigarro eletrônico e outros produtos do tabaco entre adolescentes de 13 a 17 anos. O contato precoce com a nicotina é capaz de mudar o funcionamento cerebral, tornando adultos mais propensos a desenvolver transtornos de ansiedade, depressão e pensamentos suicidas. O tabagismo não somente afeta à saúde física, mental e financeira das pessoas, com também atinge os cofres públicos. Dados do Ministério da Saúde apontam gastos superiores a R$ 120 bilhões por ano na prevenção, controle e tratamento de doenças decorrentes do tabaco pelo sistema de saúde brasileiro. Parar de fumar traz muito ganhos quando o assunto é dinheiro. Não somente relativos aos cálculos diretos apresentados acima, mas também ganhos indiretos como a melhoria na produtividade, foco, qualidade de vida e na economia com gastos pessoais futuros em saúde. Se é tão benéfico ficar longe do cigarro, por que as pessoas seguem fumando? Humanos nem sempre somos guiados pela racionalidade, e isso pode ser observado também em comportamentos financeiros quanto a compras, investimentos e até mesmo na prática de doações. Mudar hábitos tóxicos envolve decisão e escolhas, estabelecimento de metas fatiadas em ações diárias, apoio familiar e psicoterapêutico. O treinamento de comportamentos saudáveis autocontrolados passa pelo desenvolvimento de aptidões como a sensibilidade à visão de longo prazo, apuração do olhar na avaliação de riscos, senso de propósito e a ressignificação da sensação de felicidade que impacta na resiliência para enfrentar os obstáculos diários. A soma desses fatores é que realmente pode reduzir a necessidade da compensação por vícios.

Você sofre de “Fomo” financeira? Conheça os sintomas

Transtorno pode causar falta de concentração em geral, no trabalho ou dirigindo, insônia e pesadelos O fenômeno Fomo – abreviatura de “fear of missing out”, expressão em inglês traduzida como “medo de ficar de fora” – surgiu como uma patologia psicológica do mundo contemporâneo tecnológico. O comportamento caracterizado por forte ansiedade e pela necessidade intensa de saber o que outras pessoas estão fazendo, impacta negativamente as atividades diárias, o contexto familiar e a produtividade no trabalho. E quando o medo de ficar de fora refere-se aos investimentos? Ao medo de perder a bola da vez, as melhores oportunidades em ações, criptos ou nos derivados? A Fomo financeira é notada naqueles que não desgrudam da tela da Bolsa, em busca de bater (fechar negócio com a melhor oferta de compra disponível) ou tomar (com a melhor oferta de venda disponível). E ainda, naquelas pessoas consumidoras contumazes de todos os cursos de investimentos disponíveis, seguidoras de qualquer blogueiro ou vizinho que fale sobre as melhores dicas para investir. O comportamento também é observado em pessoas que constantemente buscam praticar e/ou publicar em roda de amigos e nas redes sociais seus feitos com swing trade (operações de curto prazo na bolsa, para aproveitar o sobe e desce do mercado durante alguns dias), ou naqueles que precisam seguir sem parar os blogueiros financeiros que as publicam. Alguns sintomas característicos da Fomo financeira são: * Dedicar muito tempo às telas operacionais; * Consumir excessivamente cursos ou dicas de blogueiros; * Ter dificuldade em viver o momento e preocupar-se constantemente com a situação do mercado; * Prejudicar-se nas relações sociais ou profissionais por preocupação com as finanças; * Falta de concentração em geral, no trabalho ou dirigindo, insônia, pesadelos ou prejuízo nas refeições; * Sofrer crises de ansiedade, pânico, forte angústia ou depressão; * Abuso de álcool ou drogas em busca de alívio; * Assumir riscos excessivos; * Já ter caído em algum golpe financeiro; * Perder o sentido de existência ou propósito. Algumas sugestões para minimizar os sintomas e até mesmo para prevenir a síndrome são: * Montar estratégia de longo prazo e de reservas com distinta liquidez para reduzir o acompanhamento diário do mercado; * Ter em mente que as publicações geralmente refletem estímulos e gatilhos de impulsividade e funcionam para capturar seu cérebro; * Lembrar que não existe dinheiro rápido e fácil e um bom investimento é aquele que cumpre seus objetivos ao longo do tempo com consistência e fundamentos; * Evitar comparar-se com os demais (que provavelmente também estão na mesma que você), focar sua energia em buscar remuneração por meio de atividades profissionais que usem seus talentos de forma produtiva e contributiva; * Praticar meditação e inserir na rotina atividades esportivas e ao ar livre. Se você está com alguns desses sintomas ou conhece alguém com características de Fomo financeira, note que apenas um profissional psicólogo qualificado pode diagnosticar transtornos mentais e prescrever o tratamento adequado.

Quer melhorar o que vê no extrato? Olhe para dentro de você

Um dos fundamentos principais de uma vida financeira equilibrada está na organização e na disciplina Se a casa é o lugar onde você habita, assim como seu próprio corpo, cabe dizer que a organização de sua casa reflete sua organização interior? Em um polêmico post que lancei nas redes sociais com essa pergunta, entre os milhares de comentários recebidos, há diversos depoimentos sobre sentir-se mais organizada(o) nos pensamentos após uma boa arrumação da casa. Há também narrativas sobre a obsessão em deixar a casa arrumada como reflexo da desorganização dos sentimentos. E, para as finanças, vale a mesma afirmação? Sim. Um dos fundamentos principais de uma vida financeira equilibrada está na organização e na disciplina. Não é à toa que pedimos às crianças em aulas de educação financeira no Ensino Infantil que elas organizem o material escolar. Organizamos objetos em gavetas, em prateleiras e em armários, assim como devemos fazer o mesmo com o dinheiro: em categorias, centro de custos, em orçamento, em tipos de reservas e em estratégias de investimentos. A vida financeira reflete a organização interior e vice-versa. Do ponto de vista psicológico, dizemos que os pensamentos estão desorganizados quando perguntas e respostas estão parciais ou completamente não relacionadas, desconectadas com a realidade ou quando as noções de tempo e espaço se perdem. Por isso também trabalhamos com as crianças a compreensão da organização pessoal, através dos hábitos cotidianos e do treinamento do tempo por meio da espera. Organizamos, desde o berço, o tempo de dormir e a espera dos intervalos de mamada como treinamento da paciência. Adultos que sabem esperar estão aptos a serem bons investidores. Conseguem economizar e ter paciência para comprar à vista, em vez da antecipação por meio de dívidas e parcelamentos. Desenvolvem a sensibilidade e o compromisso com o longo prazo, pois sabem que é possível alcançar todos os objetivos, mesmo que pareçam difíceis imediatamente. Dessa forma, são menos impulsivos em suas decisões financeiras. Há uma correlação entre organização do espaço, dos pensamentos, das emoções, do tempo e do dinheiro. Estes dois últimos quesitos, aliás, estão extremamente ligados e matematicamente unidos através do cálculo dos juros. Então, se você quer ter uma vida financeira melhor, comece pela organização! Dê um primeiro passo e olhe com cuidado seu extrato e seus gastos no cartão. Comece a organizá-los por categorias, em uma tabela, para enxergar com mais clareza suas despesas. Se houver dívidas, faça uma lista com prazos, instituições, parcelas, e com os juros embutidos nelas. Em relação aos seus investimentos, organize sua carteira. Liste em uma tabela seus ativos, títulos, ações, fundos em termos dos prazos de vencimento, liquidez, risco e retorno. Organize seus vencimentos em três blocos: curto prazo, formando a reserva de emergência com alta liquidez e risco baixo; médio prazo e média liquidez, para compor a reserva de sonhos e projetos; e longo prazo, que pode ter baixa liquidez, para formar a reserva da aposentadoria. E, principalmente, organize seus sonhos em objetivos atingíveis no tempo. Fazer a lista daquilo que você quer realizar em sua vida, em ordem de prioridade, é um primeiro pequeno passo na direção de grandes realizações. Heidegger, filósofo alemão e inspirador de importante abordagem da psicologia, estabeleceu em sua obra um paralelo entre o Ser, seu Habitar e sua Organização Interior. Somos aquilo que habitamos, e somente conseguimos habitar naquilo que realmente queremos ser e construir. Busque organizar sua habitação com equilíbrio, em todos os sentidos que ela possa ter! Organize seu corpo, sua mente, sua casa, seu tempo, seus projetos, sua vida financeira. Como estão intimamente ligados, não importa por onde você comece. O importante é construir esse caminho. Cora Coralina, querida poeta brasileira, já dizia: “O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim, terás o que colher”.

Investidor deve olhar para a frente, mas para os lados também

Se você está se esforçando e fazendo sua parte, por que os resultados não aparecem? Você já se deparou com uma situação em que navega, navega, mas não consegue sair do lugar? Seja na sua empresa, como executivo, colaborador e empreendedor, ou como autônomo ou mesmo na sua vida pessoal, você fica exaustivamente lutando contra a maré, mas não vê os resultados? Se você está se esforçando, fazendo sua parte, por que não funciona? A resposta é simples: não existe somente sua parte, o que acontece ao seu redor é a outra grande parte! Do ponto de vista psicológico, qualquer ação humana e comportamento é sempre conectado ao meio, aos estímulos, reforçadores que o indivíduo recebe, ao contexto sócio-histórico-cultural. Na vida financeira, isso significa que a sua história, a influência de valores, hábitos e crenças familiares impactam diretamente em seu modo de agir e de se relacionar com o dinheiro. Em termos macroeconômicos, significa que suas ações individuais, como investidor, ou suas ações empresariais, por melhores que sejam, serão influenciadas diretamente por variáveis do mercado como inflação, taxa de juros e cenário internacional. Embora pareça óbvio, isso significa que o autoconhecimento, desenvolvimento técnico, inovação, boa gestão e governança, aprendizagem, dedicação e esforço são muito necessários, mas não serão suficientes. Na matemática, a desigualdade é expressa através da relação entre dois elementos, em que um é maior e outro, menor. A complexidade do cenário brasileiro de desigualdades de renda, educacional, de gênero, de raça e de situações de vulnerabilidade familiar e social, são acentuadas a cada dia pela desigualdade digital e injustiça da desigualdade ambiental, que elevam o número de pessoas em situação de pobreza e a concentração de riqueza em uma minoria. No Brasil, segundo relatório da Riqueza Global publicado pelo Banco Credit Suisse em 2021, 1% da população mais rica concentra 50% da riqueza do país, o que coloca o País como segundo país de maior desigualdade econômica entre os pesquisados, ficando atrás apenas da Rússia. Embora exista a minoria que detém a maior parte da riqueza, ninguém é privilegiado, porque todos saem perdendo. A desigualdade acentua a culpa, o medo, a violência, a insegurança e a polarização. Gera distorções no mercado e tensões que culminam em desfechos e rupturas nas relações sociais. O mercado financeiro e a concentração A adesão do mercado financeiro ao conceito ESG vem estimulando a alocação de recursos nas boas práticas sociais, ambientais e de governança nas empresas, o que promove diversas ações individuais corporativas quanto à diversidade, inclusão, cuidados com o meio ambiente e com a ética. Mas isso, por si só, não é suficiente para garantir o desenvolvimento sustentável brasileiro e o equilíbrio econômico social no país. Há inclusive concentrações de geração de caixa dentro do próprio mercado por meio de desigualdades empresariais tributárias e de acesso ao crédito. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) atua na defesa da concorrência, para evitar monopólios, oligopólios, a concentração de um determinado grupo econômico em um mesmo mercado. Mas em que instância há o olhar pela concentração econômica de um mesmo acionista, ou grupo econômico, no acúmulo da liderança em diferentes mercados simultaneamente? É razoável que um mesmo acionista seja detentor da liderança por exemplo de segmentos industriais, serviços e financeiros simultaneamente? Nesse sentido há lacunas ainda pelo olhar da concentração de grupos investidores em mercados distintos. O todo é maior que a soma das partes Se navegar contra a correnteza muitas vezes não faz chegar aos objetivos desejados, e se iniciativas ESG empresariais pontuais não garantem o desenvolvimento sustentável na nossa sociedade, é necessário unir forças, através da atuação coletiva e política. Uma pessoa sozinha, em situação desigual, pode enfrentar dificuldades impeditivas, mas poderá se fortalecer através de uma rede de apoio. Do mesmo modo que grupos sociais e empresariais podem atuar coletiva e politicamente através de uma ferramenta chamada Advocacy. O termo, que vem do latim Advocare, significa ajudar alguém que está em necessidade. Advocacy tem por objetivo influenciar na formulação e implementação de políticas públicas para a defesa de causas que favoreçam a população. Ações individuais como empreendedor, empresário, colaborador ou na vida pessoal podem não levar isoladamente ao resultado esperado, mas coletivamente é possível mudar o cenário socioambiental e mudar a história. Discussões isoladas, polarizadas ou mesmo o voto individual nas urnas isoladamente podem não trazer as transformações esperadas, mas ações coletivas, proativas, organizadas podem mudar o rumo do crescimento do país. É mais que necessária a aproximação dos cidadãos da política. A aproximação do mercado financeiro e privado do setor público, de forma organizada e institucional tem de ir além do interesse específicos dos negócios. O trabalho conjunto público-privado pode contribuir na identificação efetiva das necessidades existentes na sociedade, sugerir melhores soluções e criar um ambiente que favoreça tanto os resultados individuais como o bem-estar e equilíbrio coletivos. O ser humano é um ser social e político. Em vez do distanciamento empresarial da política, ou de uma atuação enviesada por interesses particulares, em vez de discussões superficiais e polarizadas que só causam rupturas, é momento de uma atuação ética, coletiva e organizada dos setores público-privado para o bem social, com visão de longo prazo e da sustentabilidade em seu aspecto mais amplo. Aqui vale a premissa de que a união faz a força!

Carreira: como ser feliz e ganhar dinheiro ao mesmo tempo

O medo é um dos motivos mais citados pelos jovens para abdicarem das suas motivações O dilema entre trabalhar em algo que se deseja fazer, ou aceitar o que aparece, é complexo e pode gerar grande ansiedade e estresse. É mencionado, com bastante frequência, em atendimentos psicológicos de orientação profissional e gestão de carreira, como fonte de frustração. Uma pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), realizada antes da pandemia, mostra que quase metade dos jovens trabalhava fora da sua área de formação. Em outra pesquisa, feita pelo aplicativo Monkey Survey, 64% dos brasileiros entrevistados disseram que gostariam de fazer algo diferente em suas carreiras. Já no início da vida profissional, a depender do contexto familiar, das questões financeiras circunstanciais, do conhecimento sobre o mercado de trabalho e inclusive do seu próprio autoconhecimento, não é raro o jovem renunciar as suas motivações para acomodar, de forma mais rápida e possível, necessidades imediatas. Entre os motivos mais citados para abdicar de suas preferências, estão os medos de não ser capaz de passar no vestibular, de não ser suficientemente bom para determinadas atividades; a necessidade imediata de dinheiro ou a falta dele para bancar uma escolha; a percepção de baixa remuneração ou poucas oportunidades de trabalho em determinados nichos de atuação desejados; não enxergar possibilidade de equilíbrio entre vida profissional e pessoal nas carreiras almejadas. E o comportamento de fuga, que começa no início da carreira perante a escolha do curso de graduação, repete-se sequencialmente nas próximas fases de vida. Se o dinheiro ou a sensação de incapacidade foram as forças motrizes para a primeira escolha imediata e indesejada, a pessoa seguirá mantendo o padrão de infelicidade ao longo das próximas escolhas de carreira, quer seja por aversão à perda do status social e financeiro alcançados ou por não ter adquirido reservas suficientes para uma mudança. Essa sequência iniciada na juventude perpetua-se pela fase adulta até o momento da aposentadoria. Frases como sou “jovem demais”, ou “velho demais”, “não tenho dinheiro, capacidade ou conhecimentos suficientes” e “não há oportunidades disponíveis” viram narrativas para explicar para si e para outros uma trajetória profissional infeliz. Como boa notícia trago aqui algumas reflexões que facilitam mudar esse cenário e sair do caminho da frustração: Se você está se vendo amarrado ao mecanismo de fuga de aspirações por medo; se está preso à cilada das decisões imediatas e de curto prazo; se dinheiro, conhecimento, idade ou mesmo vagas indisponíveis apresentaram-se até agora como barreiras impeditivas para uma vida profissional de realização, cito como inspiração o exemplo de Cora Coralina, renomada poetiza brasileira, que publicou o primeiro livro somente aos 75 anos e deixou a seguinte frase como seu lema de vida: “O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim, terás o que colher”.

Mamãe Falei: por que sexo e dinheiro muitas vezes andam juntos

Declarações sexistas enfatizam exacerbação disfuncional sobre o uso do poder relativo ao dinheiro e ao sexo Na visão de Freud, “as questões de dinheiro são tratadas da mesma maneira que as questões sexuais: com a mesma incoerência, pudor e hipocrisia”. Freud, fundador da psicanálise, em sua última longa entrevista, declarou: “Quando alguém percebe o egoísmo por trás de toda conduta humana, não sente o menor desejo de renascer”. Acredito que a maioria de nós sentiu o mesmo dissabor de Freud frente ao comportamento desumano revelado pelas declarações do deputado estadual Arthur do Val (Podemos-SP), conhecido como Mamãe Falei. Em áudio compartilhado com um grupo de amigos, ele disse que as mulheres ucranianas “são fáceis porque são pobres” e que, então, “cidades mais pobres são as melhores”. Na visão de Freud, “as questões de dinheiro são tratadas da mesma maneira que as questões sexuais: com a mesma incoerência, pudor e hipocrisia”. Por que sexo e dinheiro muitas vezes andam juntos? Em um estudo sobre a escala de atitudes frente ao dinheiro, Yamauchi e Templer encontraram três pilares simbólicos na relação humana com o dinheiro: poder, prazer e segurança. Repare que as mesmas simbologias também podem ser  atribuídas às pulsões sexuais. Poder, prazer e segurança são atributos humanos positivos quando usados para o empoderamento, felicidade, preservação e proteção da espécie. São positivos quando envolvem olhar empático com outros indivíduos >perante  seus sentimentos, com respeito à dignidade da condição humana. Declarações sexistas, como as do deputado, fundamentadas na discriminação de gênero de uma pessoa, lançam ao extremo da exacerbação disfuncional sobre o uso do poder relativo ao dinheiro e ao sexo. Toda vulnerabilidade de condição de pobreza, ampliada pelo trágico cenário de guerra, foi retratada de maneira exploratória e humilhante ao se referir de forma indigna às mulheres ucranianas. Não é à toa que no mês de março comemora-se o Dia Internacional da  Mulher, data significativa para a reparação histórica da dominação masculina predominante na maioria das culturas. Manifestações hostis de sexismo como as de Arthur do Val foram usadas de forma ideológica e agressiva para estabelecer dominação e subjugação feminina. Mas é preciso ter atenção também às manifestações benevolentes e disfarçadas de sexismo e controle coercitivo. Um exemplo disso é a fala sequencial do deputado, justificando seu ato pelo contexto no qual foi gravado o áudio. Muitas vezes atitudes aparentemente gentis, educadas e revestidas de pseudorromantismo podem alimentar a dependência econômica e psicológica, característica de controle coercitivos de relacionamentos abusivos. Mamãe Falei acredita ser socialmente aceito referir-se às mulheres de forma depreciativa e desumana em um grupo privado de amigos e ter outro comportamento distinto em sua fala pública. Em sua crença, é percebida a ausência da sensibilidade ao sofrimento de seus semelhantes, em situação tão trágica como a guerra que estamos vendo, e ausência da percepção de que sua fala alimenta a desigualdade de gênero, algo que a sociedade atual clama pelo fim. O erro de Mamãe Falei – aliás, o próprio pseudônimo de Arthur do Val já pode estar passando a mensagem equivocada – pode servir de exemplo para cada um de nós. Mais uma oportunidade para analisar as nossas próprias crenças e comportamentos e para fazer uma autoavaliação de quais as atitudes frente ao dinheiro e ao próximo podemos mudar.

Amor e dinheiro podem viver em harmonia

O que é preciso para construir uma aliança financeira no seu relacionamento O dia 14 de fevereiro é conhecido como o dia mais romântico do mundo, como a data internacional do amor. O Valentine’s Day, ou Dia de São Valentim, em português, foi instituído em homenagem ao padre Valentim, preso por fazer casamentos escondidos para evitar a determinação do imperador de que soldados deveriam ficar solteiros. No Brasil é equivalente ao Dia dos Namorados, instituído em 12 de junho para fins comerciais, a partir do sucesso de uma campanha publicitária que dizia “Não é só de beijos que se prova o amor” e “Não se esqueçam: amor com amor se paga”. O saudoso cantor e compositor Tim Maia, ao dizer que “gritaria ao mundo inteiro, não quero dinheiro, eu só quero amar” trouxe, com muita arte, a temática dos conflitos financeiros em relações amorosas. A dupla amor e dinheiro é polêmica, e muitas são as questões filosóficas que envolvem esse par. Entre elas estão autonomia, poder, segurança e prazer, traduzidas em situações práticas como ter ou não ter conta conjunta, fazer ou não pacto nupcial, dividir  despesas do dia a dia, compartilhar ou ocultar compras, investimentos ou projetos. Se relacionamentos começam por atração física, sexual e intelectual, muitas vezes acabam por assuntos financeiros. O assunto é complexo. Sem a pretensão de dar fórmula pronta, trago aqui cinco reflexões para colaborar com hábitos mais saudáveis em uma relação: 1) Relacionamentos humanos são bens preciosos e precisam ser cuidados Uma pesquisa feita pela London School of Economics apontou que estar em um relacionamento amoroso eleva o nível de felicidade três vezes mais do que aumentar o salário. Humanos são seres relacionais e precisam estar conectados uns aos outros. 2) Relacionamentos são investimentos que precisam de dedicação e conhecimento A melhor prática para conhecer o par amoroso é a empatia e a escuta atenta. Aquilo que é importante para um nem sempre é para outro, e muitas vezes as brigas por dinheiro acontecem por divergência de opiniões e valores pessoais. Saber o que o outro sente ou pensa, entender as motivações sem julgamento e colocar-se no lugar do outro são ótimos passos para soluções conciliadoras de conflitos; 3) Confiança é fundamental para a saúde de relacionamentos Confiança é a base para relações de longo prazo, para alinhamento de sonhos. É ela que vai garantir a segurança para vencer obstáculos juntos. Não há confiança sem transparência. Por isso, pense duas vezes se vale a pena esconder assuntos financeiros. O melhor caminho para solucionar divergências é o diálogo positivo; 4) Liberdade, Igualdade e Fraternidade É quase impossível garantir que entre duas pessoas diferentes exista situações financeiras 100% igualitárias ao longo de uma vida a dois. O desequilíbrio financeiro pode ter início na riqueza das famílias de origem e por várias situações como enfermidade, desemprego, escolhas ou mudanças de carreira. O importante é o respeito mútuo e o equilíbrio emocional de poderes. É muito prejudicial  quando o dinheiro é usado como controle coercitivo. Um casal saudável respeita a  autonomia, a individualidade de cada um e estabelece apoio recíproco como um time; 5) Hábitos financeiros disfuncionais podem ser tratados Se há comportamentos que atrapalham a vida financeira do casal, é possível trabalhá-los. O importante é reconhecê-los e buscar ajuda. Tapar o sol com a peneira só aumenta o problema e alimenta uma relação doentia. Então, meu caro e minha cara, aproveite a fase de namoro para conhecer seu parceiro(a) e principalmente construir uma relação saudável com o dinheiro em casal. Mas, se você já está em um relacionamento e tem problemas com o tema ou se você se depara com insucessos amorosos frequentes por conta do assunto dinheiro, é importante buscar ajuda psicológica especializada para trabalhar crenças, valores e comportamentos financeiros mais equilibrados e construtivos, que colaborem para uma vida amorosa feliz.

5 resoluções que podem mudar seus investimentos e sua vida em 2022

O segredo do sucesso perene e da felicidade passa por desfrutar da trajetória em que se está percorrendo Sendo você um iniciante ou um investidor qualificado, já deve ter ouvido falar sobre a busca pela hora certa de realizar os lucros: o momento perfeito para vender ações em alta e colocar o dinheiro no bolso com ganhos. O máximo da felicidade e da consagração de um investidor, quase como um troféu de vitória, seria acertar o ponto ideal da compra das ações na baixa para vendê-las na alta. Mesmo acertando precisamente os valores da menor baixa e da maior alta em seus movimentos de compra e venda, e podendo alardear por aí seu brilhantismo, o investidor sagaz irá sempre se deparar com o momento e as perguntas seguintes: estou com o dinheiro no bolso, e agora? Invisto em quê? Qual seria a próxima bola da vez? Tenho que investir de novo. Tenho que acertar outra vez. E este vazio seguinte, que muitas vezes acompanha o investidor, também pode ser encontrado na vida, em diversos aspectos: o vazio existencial que se segue após atingir um grande objetivo. Ser vitorioso em uma grande conquista traz muita felicidade, mas pode ser acompanhada de um aumento da autocobrança na superação da meta seguinte, e de um aumento da ansiedade pela busca constante dos próximos passos. Conhece pessoas que estão sempre pensando na próxima etapa? Indivíduos que mal terminaram uma conquista e já querem algo mais, mostrando-se eternamente insatisfeitos? O segredo do sucesso perene e da felicidade consistente, tanto nos investimentos como na vida, passa por desfrutar da trajetória em que se está percorrendo, muito mais do que dos resultados pontuais. Elenco aqui 5 dicas para reflexão neste momento que marca o encerramento do velho e o início de um novo ano: Aproveite o fim de ano para um intervalo de celebração e reflexão. Que o próximo ano seja de compromisso com uma jornada contínua de qualidade de vida, saúde mental, autorrealização, mais humanizada. Para você, desejo um feliz 2022 com muito propósito e contribuição com a sociedade através das suas atitudes, do seu trabalho e dos seus investimentos!