Por que este é o melhor presente para o dia dos pais
Na educação dos filhos, existe a preocupação paterna sobre os filhos entenderem o valor do dinheiro Com a chegada dos filhos, nasce uma lista de expectativas, responsabilidades e sonhos. É desejo de todo o pai que seu filho seja amado, respeitado e gentil com as pessoas. Que encontre uma carreira que goste, forme família, tenha amigos, realizações, traga alegrias e seja saudável. Que seja feliz independentemente da configuração familiar, a pessoa que exerce a paternagem simboliza, ao mesmo tempo, afeto e a lei; representa base segura e carinho, mas também é autoridade e referência. Todas essas expectativas, somadas ao dilema entre as regras e o amor, tornam o papel de ser pai precioso, especial e repleto de responsabilidades e desafios. Do ponto de vista financeiro, escuto em atendimentos a preocupação paterna sobre os filhos entenderem o valor do dinheiro. E o que exatamente isso significa? Que valor seria esse? A maior parte das respostas traz a palavra dinheiro, simbolizando trabalho. Normalmente, o sentimento encoberto é o desejo de que o filho perceba o esforço e cuidado e transforme isso em bens e provisão. Desta forma, a ideia é que os herdeiros também zelem pelo patrimônio, não façam desperdícios e na vida adulta trabalhem para sustentar-se. No entanto, o grande paradoxo que os pais enfrentam está em achar equilíbrio entre oferta e restrição, proteção e exigência, responsabilidade e bondade, e autoridade e concessão. Enfim, na educação dos filhos, os pais enfrentam a mesma encruzilhada das decisões importantes, que passa pela disputa entre razão e emoção, entre atender situações imediatas ou garantir efeito no longo prazo. Realizados os votos acima, já estaria dado o maior presente que todo pai gostaria de receber ao longo de sua vida. Mas como chegar lá? Um pai pode presentear-se ao contribuir com sua parte, no objetivo de uma vida equilibrada e saudável dos filhos, oferecendo educação financeira baseada em valores e comportamentos desejados. Para ajudar nesta tarefa, trago aqui alguns princípios, aliados ao conceito de saúde mental definido pela Organização Mundial de Saúde, que podem embasar uma educação financeira de qualidade à prole: Autonomia e autoestima: se a saúde mental foi definida como estado de bem-estar, no qual a pessoa percebe suas próprias habilidades, é muito importante que, desde pequenos, os filhos sejam elogiados, reconhecidos e incentivados a descobrir seus talentos com clareza, mesmo que isso represente um caminho de frustrações durante a descoberta. Tenho visto jovens inseguros, com baixo nível de autoconhecimento e incapazes de descrever suas próprias habilidades. Muitas vezes, a superproteção provoca a imagem do pai herói, mas produz o efeito colateral da percepção de baixa autoeficácia frente a um patamar elevado de comparação. Gratidão, flexibilidade e Paciência: ensinar aos filhos a adaptação através do exercício da gratidão; estimular o autocontrole através do saber esperar e do compromisso com o longo prazo; exercitar a flexibilidade que dá espaço para o erro, tanto próprio como de outros; são caminhos para a saúde financeira, mental, para aprender a lidar com estresses cotidianos e com recursos escassos. Mas para isso é necessário que você mesmo, pai, saiba flexibilizar, seja agradecido, aceite e se adapte ao incontrolável. É importante perdoar erros e encontrar uma medida satisfatória entre o curto e o longo prazo. Atitude de doador: segundo pesquisadores Daniel Kahneman e Adam Grant, pessoas que assumem a postura de doadores perante a vida, através do servir e da doação também em dinheiro, conseguem desenvolver maior equilíbrio em sua própria vida financeira, empatia e obtém maiores remunerações. Ao ampliar o sentido do propósito do trabalho por postura incondicional, e observação das dores do próximo, ficam inclinadas a agradar clientes, criar soluções inovadoras, sendo assim pessoas produtivas e capazes de contribuir com a comunidade, conforme a própria definição de saúde mental da OMS. Que você, leitor, tenha um feliz Dia dos Pais, com muita saúde, prosperidade, realizações, felicidade e educação financeira a seus filhos!
Por trás de um investidor de risco existe uma trava de segurança
A volatilidade do mercado é incontrolável, mas diversificar a carteira pode dar a estabilidade ao esforço. Crises econômicas não podem ser evitadas pelo cidadão individualmente, mas adotar a disciplina de construir reservas de emergência ao longo da vida é algo que está ao alcance da execução. “Não durmo mais profundamente com tanta incerteza acontecendo”, “É injusto não saber o que vai acontecer e não ter qualquer garantia sobre a vida, sobre os negócios”, “Não há como fazer qualquer planejamento diante de cenários tão incertos”. Você já falou ou ouviu frases como estas? Embora os conceitos de risco e incerteza sejam distintos, eles podem se aproximar muito no campo dos impactos psicológicos. Um cenário de risco pode ser definido quando se é capaz de atribuir probabilidades aos possíveis ventos futuros, na tentativa de mensurar seu potencial de ocorrência. Em contrapartida, quando há pouca informação sobre possíveis resultados e impactam na habilidade de fazer estimativas, estamos diante de incertezas. Uma pesquisa recente, feita na Alemanha, mostrou um aumento significativo em transtornos mentais devido às incertezas geradas pela pandemia da covid-19. Muitos estudos já mostraram uma correlação entre a intolerância a incerteza e doenças como a depressão, transtorno de pânico e transtornos obsessivo-compulsivos. Por outro lado, Kahneman e Tversky, mostraram através da teoria do prospecto, que pessoas tomam decisões irracionais diante de riscos financeiros, e ficam muito mais tristes quando perdem algo, do que quando ganham a mesma coisa. Por isso, investidores tendem a realizar rapidamente ganhos, vendendo suas ações, às vezes de forma prematura, mas mantêm suas posições de prejuízo por muito tempo, por aversão à perda. E pode-se até pensar que a mesma teoria explique o comportamento de tentar viver o hoje em aglomeração, como se não houvesse prejuízos, para realizar ganhos imediatos, por aversão à perda do que se gosta tanto de fazer. (mas, vamos deixar esse assunto para outro momento!) O que as reações e comportamentos, quer seja diante de riscos ou de incertezas, têm em comum? A necessidade que todo ser humano tem por segurança e controle. E o que faz a diferença entre um ser humano com saúde financeira e mental, daquele que adoece diante das incertezas? É a capacidade de aceitar o incontrolável, de agir quando se pode controlar e a sabedoria do discernimento entre uma situação e a outra. Tentar controlar o incontrolável conduz às compulsões a ao “Burnout”. Comprar compulsivamente, exagerar nas horas de trabalho e investir como se fosse um cassino são comportamentos relacionados à ilusão de controle, ao excesso de confiança e ao sistema de fuga da realidade. Em termos práticos, crises econômicas não podem ser evitadas pelo cidadão individualmente, mas adotar a disciplina de construir reservas de emergência ao longo da vida é algo que está ao alcance da execução. A volatilidade do mercado financeiro é incontrolável, mas diversificar a carteira e manter uma posição confortável do patrimônio em investimentos conservadores pode dar a estabilidade ao esforço que você construiu com seu trabalho. Cenários de recessão são tristes e inevitáveis quando aparecem; no entanto, como empreendedor, manter uma separação clara entre a gestão da sua empresa e sua vida (separar as finanças da PJ da PF), medindo a dose de ousadia e riscos nos negócios e assumindo um estilo pessoal sem dívidas podem conferir segurança a você e à sua família. Caso essa mudança de atitude em você, ainda pareça no campo do incontrolável, buscar um apoio psicoterapêutico e praticar a espiritualidade são passos possíveis que podem ajudar a mudar essa direção!
Mercado financeiro sofre de crise de ansiedade. E agora, como me protejo?
Há inúmeros aspectos sobre finanças e comportamento que o investidor precisa entender. “Sinto tensão. Minha mente elabora uma quantidade enorme de preocupações e possibilidades em frações de segundos. Ela está sempre um passo à frente. Minha mente está muito ativa: traça inúmeras possibilidades”. Esse relato é característico de quem sofre de algum tipo de transtorno de ansiedade, definida na psicologia como um sentimento desagradável de desconforto ou terror derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), antes da pandemia, 33% da população mundial já sofria de algum transtorno envolvendo a ansiedade (ou síndrome do pânico) e havia uma estimativa que, em 2020, essa seria uma das doenças mais incapacitantes do mundo. Soma-se a isso, segundo estudo feito pela Universidade do Rio de Janeiro (UERJ), casos de ansiedade mais que dobraram no período da pandemia. Agora, tomo a liberdade para colocar uma pausa na narrativa descrita acima, como acontece nos cortes de filmes, para mudar de cena.Aparentemente, a descrição que vem a seguir soará como se fosse desconectada do raciocínio anterior, como em uma mudança de ato no teatro, para, na sequência, mostrar a ligação e a possível coerência. Vamos falar do mercado de renda variável. Como é calculado o preço de uma ação? Se a análise usada for fundamentalista (umas das técnicas usadas pelo mercado financeiro), o valor de uma empresa será dado pela projeção de quanto dinheiro ela poderá gerar no futuro (fluxo de caixa), trazido ao presente. Por outro lado, se a análise for gráfica (outra técnica utilizada), o valor da ação será avaliado pelas inclinações gráficas que aconteceram na série histórica projetadas no futuro. A pergunta que lanço é: quanto de ansiedade existe no mercado financeiro e na relação com o dinheiro? Seriam os próprios métodos de precificação de ativos a exata descrição da ansiedade: projeções baseadas em experiências do passado, com antecipação de eventos futuros? Jargões como o “aumento dos juros já está precificado” ou “existe uma bolha no mercado financeiro” ou “tal ação teve alta meteórica (e a empresa está dando prejuízo)” não poderiam ser vistas como narrativas de uma crise de ansiedade generalizada? O ponto aqui não é fazer uma avaliação psicopatológica do mercado financeiro através de sinais e sintomas, mas, sim, chamar sua atenção para o cuidado com a sua saúde ao lidar com o dinheiro. E este será o foco e objetivo desta coluna: na linha da definição sobre ética de Foucault, estimular o exercício da liberdade reflexiva! São inúmeros os aspectos sobre finanças e comportamento e sobre meu “eu” investid@r que há para se pensar, dialogar, divergir e sintetizar, sempre visando a busca por equilíbrio e felicidade e pela saúde financeira, mental e integral, que são direitos e desejos de todos! Aqui passamos de “raspão” sobre os conceitos de tempo e dinheiro, atravessados pela ansiedade. A famosa frase popular “tempo é dinheiro” pode ser a tradução da fórmula matemática de cálculo de juros, que tenta unir objetivamente duas variáveis de recursos escassos, embora ela se esqueça da dimensão psicológica, que dirá humana, do tempo subjetivo e da subjetividade ao lidar com dinheiro. Termino este texto com uma frase de Viktor Frankl, neuropsiquiatra austríaco, em seu best-seller “Em Busca de Sentido” (leitura que recomendo muito!), que ao narrar sua experiência dramática em quatro campos de concentração nazistas disse: “Pode-se tirar tudo de um homem exceto uma coisa: a última das liberdades humanas – escolher a própria atitude em qualquer circunstância, escolher o próprio caminho.”
Alienação parental pode deixar danos mentais e materiais como herança
Como essa prática pode trazer graves impactos nos comportamentos financeiros e na relação com o dinheiro dos filhos Quem pratica a alienação parental provavelmente não tem consciência plena dos danos emocionais e psicológicos que está causando na criança ou adolescente. Danos tão graves capazes de comprometer inclusive a saúde financeira e mental desse jovem por toda a vida. Alienação parental é uma atitude de uma mãe, pai, de um responsável pelo menor ou até mesmo de avós, que tem por objetivo afastar a criança, prejudicar o vínculo dela com o genitor vítima da alienação. É uma espécie de manipulação, lavagem cerebral, campanha de difamação feita através de falas depreciativas, gestos e comportamentos desonestos que culminam em comportamentos de menosprezo, insegurança e até odiosidade da criança em relação ao seu genitor vítima, comprometendo o exercício da paternidade ou maternidade. Mudar de endereço sem avisar, dificultar visitas, fazer críticas caluniosas como “ele(a) é esquisito(a), qualquer coisa me liga que eu te socorro!”, mentir ou exagerar eventos, “esquecer” de avisar sobre festa ou reunião de colégio, não dar recados, são exemplos típicos de alienação parental. Principais sinais ou sintomas na criança A criança que passa por este processo e incorpora a atitude de repúdio na qual está sendo programada, desenvolve um transtorno psicológico chamado síndrome da alienação parental (SAP). São sintomas da síndrome: a criança replicar programação mental que sofreu com recusa persistente a passar tempo com o pai ou mãe alvo, apresentar ódio injustificado, esquecer vivências positivas, resistir a aceitar presentes ou manifestações de afeto do genitor. Pode apresentar um padrão agressivo de dúvidas, desespero nas visitas e até mesmo criar fantasias paranoides com falsas alegações de abuso físico ou emocional, sem evidências ou justificativas plausíveis. Consequências emocionais e psicológicas para a criança A criança que sofre da SAP desenvolve um tipo de apego psicológico chamado inseguro, caracterizado por falta de confiança nas pessoas. Com isso, adquire uma visão negativa de si mesma, dos outros e do futuro. Afasta-se de outras crianças, com dificuldade em estabelecer relacionamentos, inclusive na fase adulta. Possui forte sentimento de baixa estima, não se sente capaz de ser amada e desenvolve muitos medos, angústia, raiva, ansiedade e tristeza. A culpa decorrente do conflito entre lealdade com o genitor alienador (do qual a criança se torna dependente emocional) e a rejeição pelo genitor alvo produzem apatia e/ou agressividade. A criança pode apresentar fracasso escolar, transtornos de ansiedade, depressão e de personalidade. Consequências na vida financeira da criança quando adulto A história de vida ligada ao processo de alienação parental pode trazer graves impactos nos comportamentos financeiros e na relação com o dinheiro da criança na fase adulta. É comum a autossabotagem na carreira, uma vez que a pessoa não é capaz de enxergar seu valor. Por não se achar merecedora de afeto, também não acredita merecer sucesso. Pode desenvolver padrões de impulsividade e de compras excessivas, na busca de gratificações imediatas para apaziguar ansiedade e sofrimento. Ao se tornar uma pessoa insegura, passa a ter dificuldade em tomar decisões financeiras, em estabelecer um orçamento, acompanhar despesas e planejar para o futuro. Estabelece relacionamentos disfuncionais, com dificuldade em estabelecer parcerias ou trabalhar em equipe. Tem uma tendência à dependência emocional e financeira e pode se colocar com frequência em situações de vulnerabilidade perante relacionamentos abusivos, que inclui a violência patrimonial. Ao mesmo tempo, pode desenvolver grande agressividade e manifestações de raiva e tornar-se também um agente abusador. Por ter forte necessidade de validação externa e de provar seu valor, corre o risco de perder o senso de propósito e contribuição em seu trabalho. São pessoas que apresentam resistência à busca de ajuda devido a sentimentos de inadequação, medo de serem julgadas ou desconfiança em relação a outras pessoas. Na alienação parental é preciso “cortar o mal pela raiz”. Via de regra, a alienação parental surge de conflitos conjugais intensos, especialmente durante um divórcio ou separação, quando há forte abalo no ego dos cônjuges. Brigas intermináveis promovem uma espécie de encontro e manutenção do vínculo, mesmo que de forma extremamente disfuncional. Para evitar o processo de alienação, é importante que o luto da separação seja vivenciado. É preciso que ambos os cônjuges em divórcio façam um desinvestimento na relação e consigam cortar o vínculo mantido por meio do litígio. Um ritual de passagem bem-feito, a conscientização dos pais sobre os sinais e consequências da alienação parental e uma intervenção precoce no processo podem fazer toda a diferença no bem-estar e no desenvolvimento saudável da criança. Se a alienação já está estabelecida, é fundamental acompanhamento psicoterapêutico da criança, para que ela possa expressar seus sentimentos, receber apoio emocional, fortalecer sua autoestima e desenvolver habilidades de enfrentamento saudáveis. É possível também recorrer à mediação de conflitos e ao atendimento psicoterapêutico familiar para melhorar a comunicação, promover a compreensão mútua e desenvolver estratégias de coparentalidade saudável. Em casos mais graves de alienação parental, pode ser necessário o envolvimento do sistema jurídico e o afastamento do alienador. O tribunal pode ordenar uma avaliação psicológica ou psicossocial, para proteger o bem-estar da criança e promover uma relação saudável com ambos os pais. A alienação parental é assunto sério e precisa ser combatida. Crianças e famílias que estão passando por isso, necessitam buscar ajuda psicológica para sair desse processo danoso. Deixo como recomendação para se aprofundar no tema, assistir ao documentário brasileiro “Morte Inventada”, dirigido por Alan Minas. Nele você encontrará diversos depoimentos e o impacto em jovens que enfrentaram a síndrome da alienação parental.