Cinco atitudes que mudarão sua carreira frente à crise neste ano

Em 2022, você pode desenvolver sua vida financeira e profissional com alguns passos Há previsões consistentes que apontam 2022 como um ano difícil do ponto de vista econômico no Brasil. Mas, se você deseja “fazer do limão uma limonada” e mudar a realidade da sua vida profissional, pessoal e financeira, aqui vão algumas dicas. A natureza é sábia e nos ensina a viver. Repare que no alto da montanha não há desenvolvimento de árvores. Todo crescimento e fertilidade está no vale! Escutamos muitas histórias de superação por meio de escaladas de montanhas e de carreiras, vários ensinamentos de como chegar ao topo. No entanto, resiliência e fortalecimento são obtidos no enfrentamento das situações difíceis, enquanto percorremos os momentos de baixa. Define-se crise pela combinação de perigo com oportunidade. Sendo assim, o desenvolvimento acontece quando se aprende a superar o medo, a fazer gestão de riscos e a enxergar as chances que as circunstâncias apresentam. E, então, inicia-se um processo de mudança! No entanto, ficamos presos a velhos paradigmas, a crenças arraigadas, a comportamentos disfuncionais estabelecidos ao longo da vida, a análises superficiais, aos dissabores das frustrações, dores, culpas, mágoas e bloqueamos o acesso ao novo e à transformação. Há previsões consistentes que apontam 2022 como um ano difícil do ponto de vista econômico no Brasil. Mas, se você deseja “fazer do limão uma limonada” e mudar a realidade da sua vida profissional, pessoal e financeira, aqui vão algumas dicas: 1. Observe seus pensamentos e comportamentos Somos guiados pelo que sentimos e pensamos e todo comportamento tem uma função. Observar o que se sente e pensar bem como analisar a razão daquilo que se faz em cada contexto é um grande passo  para a mudança. Normalmente temos comportamentos próprios já estabelecidos e repetitivos em cenários difíceis. Vale se perguntar: isso que penso, decido e faço com frequência, mediante frustração, está me ajudando? 2. Expanda sua compreensão A realidade tem diversas facetas, mas só conseguimos enxergá-la a partir da nossa percepção pessoal. Portanto, conviver com a diversidade, dar abertura a ouvir visões múltiplas, buscar informar-se com profundidade em diferentes fontes com credibilidade ajudam a ampliar o entendimento e enxergar as melhores oportunidades na vida. 3. Saia da zona de conforto Comportamentos novos só podem ser estabelecidos se experimentados. Claro que é difícil vencer o medo e crenças sedimentadas. Mas não é necessário assumir grandes riscos para inovar. Pelo contrário, o sucesso da mudança está nos pequenos passos e nos riscos calculados. Comece por um piloto, por algo simples. 4. Trabalhe a autoconfiança e o autoconhecimento Suas habilidades pessoais, assim como a espiritualidade, são a chave para o enfrentamento de qualquer situação. Para isso, você precisa trabalhar no conhecimento de si mesmo. Você sabe quais são seus talentos? Está seguro deles? Tem um propósito e visão transcendental no que faz? Tem objetivos claros para si? Traçou uma direção para essas metas? Quais são seus valores pessoais? Suas ações estão alinhadas a esses valores? 5. Dê espaço ao erro e liberte-se do que não está bom Permitir-se falhar abre muitas possibilidades. A tentativa de controlar o incontrolável e buscar o perfeccionismo só aumenta a ansiedade, medo e causa paralisação e pessimismo. Muitas vezes, por  aversão a perdas, não se tenta algo novo e melhor. Novas formas de pensar e agir, alinhadas a suas habilidades e a um propósito podem ser o caminho de sucesso para a carreira, negócios e investimentos criativos e inovadores. Se 2022 será difícil para todos, não precisa ser ruim para você.

5 resoluções que podem mudar seus investimentos e sua vida em 2022

O segredo do sucesso perene e da felicidade passa por desfrutar da trajetória em que se está percorrendo Sendo você um iniciante ou um investidor qualificado, já deve ter ouvido falar sobre a busca pela hora certa de realizar os lucros: o momento perfeito para vender ações em alta e colocar o dinheiro no bolso com ganhos. O máximo da felicidade e da consagração de um investidor, quase como um troféu de vitória, seria acertar o ponto ideal da compra das ações na baixa para vendê-las na alta. Mesmo acertando precisamente os valores da menor baixa e da maior alta em seus movimentos de compra e venda, e podendo alardear por aí seu brilhantismo, o investidor sagaz irá sempre se deparar com o momento e as perguntas seguintes: estou com o dinheiro no bolso, e agora? Invisto em quê? Qual seria a próxima bola da vez? Tenho que investir de novo. Tenho que acertar outra vez. E este vazio seguinte, que muitas vezes acompanha o investidor, também pode ser encontrado na vida, em diversos aspectos: o vazio existencial que se segue após atingir um grande objetivo. Ser vitorioso em uma grande conquista traz muita felicidade, mas pode ser acompanhada de um aumento da autocobrança na superação da meta seguinte, e de um aumento da ansiedade pela busca constante dos próximos passos. Conhece pessoas que estão sempre pensando na próxima etapa? Indivíduos que mal terminaram uma conquista e já querem algo mais, mostrando-se eternamente insatisfeitos? O segredo do sucesso perene e da felicidade consistente, tanto nos investimentos como na vida, passa por desfrutar da trajetória em que se está percorrendo, muito mais do que dos resultados pontuais. Elenco aqui 5 dicas para reflexão neste momento que marca o encerramento do velho e o início de um novo ano: Aproveite o fim de ano para um intervalo de celebração e reflexão. Que o próximo ano seja de compromisso com uma jornada contínua de qualidade de vida, saúde mental, autorrealização, mais humanizada. Para você, desejo um feliz 2022 com muito propósito e contribuição com a sociedade através das suas atitudes, do seu trabalho e dos seus investimentos!

Setembro traz sinal amarelo sobre day trade e as emoções do investidor

Problemas financeiros e o suicídio são dois temas graves e que muitas vezes andam juntos Setembro Amarelo, mês da prevenção do suicídio e promoção da vida, é um momento significativo para falar com você, investidor, sobre dois temas graves que muitas vezes andam juntos e são tratados como tabus: problemas financeiros e o suicídio. Enredos que compõem o imaginário elaborado através dos filmes infelizmente também fizeram parte da realidade no período da Grande Depressão, por exemplo, quando aconteceu a quebra da Bolsa de 1929, em Nova York. Na época, várias tentativas de suicídio, vistas em lugares públicos, foram relatadas pela mídia. No Brasil também houve registros de suicídio ligados às crises financeiras, desde a quebra da república do café, passando pelo confisco da poupança do plano Collor e, agora, os mais recentes relatos sobre day traders, tanto no Brasil como no exterior. Foi o caso do jovem do Rio Grande do Norte que deixou mensagem à família dizendo que sua intenção nunca havia sido aceitar um risco daquele tamanho. Ou o acontecido nos Estados Unidos, com dois jovens que tiraram a própria vida mediante perdas financeiras ao investir no Robinhood. Se por um lado pessoas são vistas cometendo atos contra a própria vida por gatilhos financeiros, por outro lado o mundo acompanhou, com grande comoção, milhares de afegãos lutando por suas próprias vidas, pendurados em asas de avião, deixando qualquer posse ou propriedade para traz, para, na melhor das hipóteses, salvarem a própria pele e começarem do zero. Por que alguns seres humanos tiraram a própria vida por assuntos ligados ao dinheiro e outros lutam pela própria vida com todas as forças, perante grande ameaça e sem se importarem em perder tudo? O que faz a diferença entre esses dois comportamentos humanos perante a vida? Pessoas que tentam o suicídio, na verdade, não desejam morrer, desejam livrar-se de toda dor e sofrimento que estão passando. São acometidos de um intenso sofrimento existencial. No caso dos suicídios atrelados às perdas financeiras, a pessoa não enxerga mais saída mediante à vergonha e aos problemas gerados pelas perdas que sofreu. Por isso é preciso estar atento aos sinais de quem passa por isso, para que encontrem lugar de fala e espaço de acolhimento necessários como ajuda para ressignificar o momento. Sob outra perspectiva, como no relato de Viktor Frankl, médico psiquiatra, autor do livro “Em busca de Sentido”, que viveu em campo de concentração, pessoas que vivem a guerra ou fortes ameaças contra a vida, lutam por sua sobrevivência, mobilizadas por um forte sentido existencial, espiritual, movidas pela liberdade interior e o sentido do amor. Por isso, investidor, muito além de seus objetivos de rentabilidade, de avaliação de riscos e liquidez, é preciso ter em mente o quanto de energia emocional está sendo depositada nessa empreitada. Descobrir qual o simbolismo que o dinheiro representa em sua vida, avaliar o quanto ganhar ou perder nos investimentos passa a ser um objetivo em si mesmo. Há mais riscos envolvidos ao investir em ativos de alta volatilidade do que aqueles mensurados pelos “ratings”, como por exemplo, os riscos da montanha russa emocional, da queda na produtividade do trabalho, do isolamento social por vergonha ou obsessão, das perdas do sentido de propósito, da saúde mental e até mesmo do sentido existencial. Diversificar, não é apenas uma recomendação que serve para a segurança financeira, mas também para a saúde de forma integral, para que seu foco possa ser distribuído em diversas fontes de felicidade, além das recompensas financeiras, como a convivência em família e entre amigos, o prazer em ser produtivo na sociedade, o lazer, as práticas da espiritualidade e do autocuidado.

Conheça o tipo de perdão que soluciona qualquer dívida

Segundo estimativas do Idec, mais de 60 milhões de brasileiros estão endividados Em agosto, exatamente todo dia 30 do mês, é celebrada a data nacional do perdão, proposta pela deputada Keiko Ota. Ela foi motivada pela morte de seu filho, sequestrado e brutalmente assassinado aos oito anos de idade. Por volta deste mesmo período, em setembro, também acontece o Yom Kippur, um dos dias mais importantes do judaísmo, dedicado ao arrependimento e ao perdão. O intuito de provocar reflexão a partir de datas celebrativas sobre a importância do perdão pode servir de estímulo a repensar a própria vida financeira. No começo de julho, entrou em vigor nova lei para prevenção e intervenção em casos de superendividamento. Ela modificou o Código de Defesa do Consumidor (CDC), estabelecendo que credores são obrigados a renegociar dívidas quanto a prazos e valores de parcelas, além de permitir antecipações com desconto e de informar ao consumidor, no ato da contratação, todos os encargos assumidos no ato da dívida. Agora, o consumidor pode pedir em juízo, de forma simplificada, para instaurar o processo por superendividamento para revisão dos contratos, caso não tenha sucesso na conciliação direta de suas dívidas. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), mais de 60 milhões de brasileiros estão endividados. Dentre eles, 30 milhões são superendividados, principalmente mulheres responsáveis pelo sustento de suas famílias. Dívidas geram graves problemas à saúde e à vida. Provocam estresse. O toque do telefone com um credor cobrando pagamentos ou a simples lembrança de estar devendo a alguém são exemplos de situações que aumentam o grau de ansiedade, que inclusive pode levar à depressão. Problemas financeiros afetam o humor, causam insônia, tiram a motivação, geram medo, insegurança e aumentam o pessimismo. Estar em dívidas leva a mentir, a esconder o assunto da família, a enganar. Gera brigas, acusações e sentimentos de culpa. Também afeta a produtividade, pois a pessoa passa a usar horas de trabalho para administrar os problemas, além de se sentir menos capaz. E o que o perdão tem a ver com tudo isso? A solução não está na ideia simplista de propor a busca pelo perdão das dívidas. Em muitos casos, isso não resolve, principalmente quando o padrão comportamental de endividamento já está estabelecido na pessoa. Nestes casos, quanto mais o indivíduo ganha, mais ele gasta, em um modelo instituído da Síndrome do Devedor, onde viver de crédito passa a ser um estilo de vida, que, apesar de provocar intensa culpa, muitas vezes é sublimada. A proposta aqui para transformação na vida financeira e promoção da própria saúde e felicidade está no auto perdão. Perdoar-se implica na busca de libertar-se da culpa, em absolver-se. Poupar-se. É até simbólico pensar que, na definição trazida pelos dicionários para a consequência de livrar-se das dívidas pelo perdão, poupar é uma delas. Perdoar-se implica em sair da negação, em deixar de evitar o contato com sentimentos dolorosos, ou com comportamentos disfuncionais para encará-los e provocar a mudança. Liberar-se da raiva, da autopunição ou de compensações negativas e ressignificar a vida. Perdoar-se traz a coragem do enfrentamento, motivação para largar as “vistas grossas” perante a própria conduta, sem precisar de absolvição de terceiros, desculpas ou autoengano. Para sair da cilada das dívidas é preciso pedir ajuda, que não vem do modelo recorrente de pedir dinheiro emprestado, mas sim do suporte técnico e principalmente psicológico para mudar o modelo de viver! Que tal aproveitar o Dia do Perdão para dar o primeiro passo?

Saída de Simone Biles nas Olimpíadas traz um alerta para o mercado

O que a desistência da atleta olímpica tem a ver com os seus investimentos Alta performance no mercado financeiro tem sido a motivação de muitos investidores dispostos a assumir riscos cada vez mais ousados em busca de altos rendimentos. Ao desistir da final nas Olimpíadas de Tóquio para cuidar da saúde mental, Simone Biles disse: “Eu realmente sinto que às vezes eu tenho o peso do mundo sobre meus ombros. Eu sei que eu ignoro e faço parecer que a pressão não me afeta, mas às vezes, é difícil”. Em algum momento da vida, foi ensinado que a fórmula da pressão é igual a força dividida por uma área. Desta forma, se a ação física para provocar resultados for maior que a base de sustentação, a pressão se tornará insuportável e pode causar rupturas. Mas o que aulas de física ou a desistência da ginasta olímpica tem a ver com você, investidor? Há muitos paralelos e aprendizados aqui para a vida financeira. É possível definir a superfície de sustentação nos investimentos como a área segura da diversificação e pela formação das reservas de emergência. Não adianta buscar rendimentos extremamente elevados, concentrando toda a força em ativos de intenso risco, se a sua área de segurança é pequena. Não adianta também agir com intensa força, trocando o dinheiro de posição em movimentos diários, pois a pressão pode levar à quebra. “Às vezes é preciso deixar os ativos andarem de lado pelo bem da própria saúde emocional” Pode-se fazer o paralelo da fórmula física sobre o equilíbrio psíquico, como no caso de Biles. Se a cobrança colocada em resultados é mais forte que o preparo emocional, ou se a área de conhecimento técnica é pequena, haverá danos à saúde mental e ao bolso. O mesmo acontece se os esforços empenhados estão roubando o seu sono, descanso e horas de lazer. A atleta fez uma declaração de desabafo refletindo uma fala interna, através do conselho: “Temos que proteger nossas mentes e nossos corpos e não apenas sair e fazer o que o mundo quer que façamos”. “Sou mais do que minhas realizações.” Aqui, é de se tirar o chapéu e tomar como exemplo a escolha da ginasta pelo caminho do autoconhecimento. A saída de Biles ensina importância de estabelecer limites, zonas de proteção e segurança e a necessidade de observar quais motivações estão orientando os próprios comportamentos. Ela mostra que é indispensável saber diferenciar o que pertence a si próprio e o que pertence ao outro. Como investidor, pode-se tirar a lição sobre ter claro seu objetivo, conhecer o próprio perfil, estabelecer travas nas operações, buscar conhecimento confiável e autoconhecer-se para saber identificar quais comportamentos e decisões podem ser prejudiciais. “Não somos apenas atletas, somos pessoas, e às vezes é preciso dar um passo atrás. Pensei que era melhor eu dar um passo para o lado pelo bem da minha saúde mental”, disse Biles. Há uma importante reflexão para a vida financeira sobre a experiência dolorosa da atleta em momento tão difícil de sua carreira, se sua fala for parafraseada da seguinte forma: não somos apenas investidores, somos pessoas, e às vezes é preciso deixar os ativos andarem de lado no curto prazo, pelo bem do longo prazo e da própria saúde emocional. Em suma, a desistência de Simone Biles ensina que o olhar pela saúde física, mental e financeira como saúde integral deve ser prioridade como investimento na própria felicidade.

Cinco erros financeiros cometidos por amor

O entendimento equivocado do amor e de conceitos financeiros pode acarretar erros graves para o bolso Sentir-se amado (a) é uma necessidade primária humana. A busca do olhar amoroso está em todas as pessoas. Isso explica a crueldade em ser vítima de abandono, preconceitos, discriminações e racismo, pois quando alguém não se sente visto, aceito e reconhecido é sua existência como ser humano que está em jogo. Todos sabem do amor, mas ele é de definição confusa e entendido de diversas maneiras. Em sua concepção mais sublime, mais perfeita e divina, é incondicional, paciente e não espera nada em troca. A grande beleza, mas também o maior conflito que está contido no amor é ser composto de dois elementos: ele sempre envolve o outro; e além de ser um sentimento é também ação. E é no momento de sua prática, que surgem os obstáculos, as contrariedades, os desentendimentos, também os equívocos. Tanto o amor como o dinheiro são elementos presentes constantemente na vida. Em vários momentos, o lidar com ambos se cruza no dia a dia. Dessa forma, o entendimento equivocado do amor e de conceitos financeiros juntos pode acarretar alguns erros com consequências graves para a saúde emocional e para o bolso. A seguir, alguns deles: 1 – Manter a relação baseada no dinheiro Pode ser alimentada pelas duas pontas, a do provedor e a de quem é provido. Aqui moram a superproteção, a dependência financeira e as relações abusivas. São comportamentos mobilizados pelo medo de perder a pessoa ou deixar de ser amad@. 2 – Colocar-se como salvador(a) Para ajudar, agir inadequadamente assumindo obrigações que não cabem a si. Movid@ por sentimento de culpa ou de responsabilidade de terceiros, passa a cobrir a dívida dos outros, emprestar a conta bancária ou o próprio CPF para pessoas próximas. 3 – Endividar-se por amor O medo de ser deixad@ ou a vontade de fazer a pessoa amada feliz pode levar a dívidas através do presentear em demasia, de oferecer agrados não compatíveis com seu orçamento e por esconder a situação financeira real. Tudo isso para fazer com que @ outr@ se sinta satisfeit@, realizad@ e seja retribuid@ também com amor. 4 – Deixar a própria vida e os sonhos Tanto do lado de quem se dedica a resgatar problemas da pessoa amada como de quem tem a dificuldade, ambos acabam perdendo a condução da própria vida, e comprometendo sua autonomia e o próprio ganhar financeiro. A pessoa que busca excesso de controle desenvolve uma obsessão que alimenta o sentimento de dependência e incapacidade do outr@. Ambos são prejudicados e deixam de viver seus sonhos, por estabelecerem uma relação sufocante. O medo de ser abandonad@ também pode ser um disparador desse comportamento. 5 – Desenvolver vícios financeiros As compras compulsivas, a busca de emoções ou ganhos extraordinários nos investimentos podem ser comportamentos desencadeados por desilusão amorosa ou pela tentativa de manter o objeto amado por perto. A saúde no amor e no dinheiro está em estabelecer uma relação saudável consigo mesm@ e com @ outr@, um verdadeiro equilíbrio entre amar o próximo como a si própri@. Está em conquistar uma relação justa.

Sete erros financeiros gerados pela ansiedade

Trago aqui, como um alerta, sete erros financeiros que ansiosos podem cometer Segundo dados da OMS, a ansiedade é um dos maiores males do século XXI. O Brasil, mesmo antes da pandemia, já era considerado o líder mundial na taxa de pessoas com transtornos ansiosos. “Não importa o quanto tentamos, nunca estaremos em dia com o que aparentemente nos é oferecido”, diz Zygmunt Bauman, autor do livro “Modernidade Líquida”. É um sentimento de desconforto por antecipação do perigo ou de expectativa futura que gera inquietação e pode ser acompanhada por tensão muscular, fadiga, sudorese, dores de cabeça, insônia, tontura e problemas de concentração. No primeiro texto desta coluna, foi levantada a questão de como o investidor pode se proteger de uma crise de ansiedade, se a própria lógica do mercado financeiro, já é montada a partir da antecipação de resultados, quando se trata de precificar investimentos. A ansiedade pode ser benéfica, quando, por exemplo, funciona como prontidão para uma prova ou entrevista de emprego, de modo passageiro e adaptativo. Mas, quando constante e intensa, é um dos principais fatores que desequilibra a relação com o dinheiro. Trago aqui, como um alerta, sete erros financeiros que ansiosos podem cometer: 1) Perder oportunidades de trabalho ou desistir de sonhosUm dos comportamentos mais prejudiciais e recorrentes que observo em meus atendimentos está em fugir ou evitar situações importantes, sonhos e oportunidades valiosas na vida pessoal e profissional, por avaliação desproporcional e superestimada das dificuldades, riscos ou perigos atrelados à conquista. Então, a pessoa cria para si, uma narrativa de desvalorização daquilo que desejava, por acreditar ser muito ameaçadora a trajetória. 2) Fugir do cuidado das próprias finançasA pessoa evita olhar o saldo da conta, acompanhar o extrato bancário ou os gastos da fatura do cartão. Recusa-se a fazer orçamento e utiliza-se de contas mentais de auto engano para justificar seu descuido. Fica paralisada quando tem que lidar com sua organização financeira. 3) Buscar excessivamente controlar e nunca relaxarA mente do indivíduo que precisa de controle opera sem parar e não oferece descanso. Independentemente da situação financeira, sempre haverá simulações mentais quanto a riscos, cenários possíveis, coisas a fazer para se proteger ou melhorar. A pessoa tem problemas com o sono, não é capaz de desfruta do lazer e nem de situações de relaxamento. 4) Tomar decisões erradas frente aos investimentosA ansiedade pode levar o investidor a realizar rapidamente ganhos, vendendo suas ações de forma prematura ou a manter a posição frente a prejuízos, por muito tempo, por paralisia e aversão à perda. 5) Ser impulsivo quanto aos ganhosA pessoa ansiosa faz escolhas imediatistas e renuncia a ganhos maiores e mais consistentes no longo prazo. Embarca na busca do “dinheiro rápido e fácil” e pode cair facilmente em promessas de enriquecimento e fórmulas mágicas golpistas. Assume riscos mal avaliados e toma decisões precipitadas. 6) Fazer dívidas por não conseguir esperarO ansioso tem dificuldade de focar no aqui e agora. Como a satisfação está no futuro, naquilo que não se tem, costuma fazer dívidas para antecipar realizações. 7) Buscar compensação nas compulsõesOs sintomas da ansiedade são bastante indesejáveis e como compensação, muitas vezes são desencadeadas as compulsões, que momentaneamente, apaziguam os sintomas. Na vida financeira, podem ser várias, como compras compulsivas, consumismo financeiro e o trabalho em excesso.Existem algumas dicas práticas para trabalhar a ansiedade como a rotina de atividade física, técnicas de relaxamento e o exercício da gratidão. No entanto, se você está percebendo que os sintomas descritos acontecem com frequência.

Saiba se você está em uma relação abusiva e o impacto nas suas finanças

Vítimas de abuso emocional podem desenvolver comportamentos financeiros compulsivos Poder e dinheiro andam juntos. Em uma das primeiras escalas desenvolvidas para medir atitudes humanas frente ao dinheiro, feitas por Yamauchi e Templer em 1982, o poder foi destacado como um dos principais pilares a serem observados. Exercido positivamente, o poder resulta em autonomia e empoderamento. De forma coletiva, a igualdade de diretos e oportunidades em uma sociedade trazem equilíbrio nas relações de poder. O problema ocorre quando a balança pende para um único lado, abrindo espaço para o triste cenário das relações abusivas, com forte impacto na vida financeira de quem é vítima. Relacionamentos abusivos são claramente identificados na forma de violência física. No entanto, são menos óbvios, e igualmente prejudiciais, quando se apresentam na forma de abuso psicológico, como no caso do controle coercitivo. O assunto é tão sério que, em setembro de 2020, o governo britânico incluiu o tema como assunto obrigatório da grade escolar. Como saber se estou em uma relação abusiva? Pelas características sutis e manipulativas, às vezes é muito difícil identificar a situação. Não raro, nem @ própri@ abusador (a), percebe que está agindo assim. São diversos episódios de ameaças, falas ou comportamentos não verbais subliminares através de humilhações, punições e ameaças com a finalidade de sujeitar, isolar e controlar a vítima. O processo normalmente é duradouro e cíclico em quatro fases. O momento de tensão, onde as manifestações de desaprovação são implícitas, disfarçadas e começam a alimentar a insegurança. Nesse momento a vítima faz tudo para agradar, para tentar deixar as coisas sob controle, para tentar mudar a outra pessoa, evitar a agressão ou a perda da relação. O segundo momento é o da agressão em si, muito mais explicita, em frases como “Você me faz passar vergonha”, “Você não é capaz ou tem algum problema mental”, “Faço tudo por você e olha como me corresponde”, “Sem mim você não tem mais ninguém no mundo”, “Dificilmente conseguirá sozinh@”, “Ninguém te ama mais do que eu”, “Faço isso por culpa sua”. Nesse momento, a vítima começa a sentir-se culpada, tem sua autoestima e autoconfiança minadas, e seu parâmetro de “normalidade” passa a ser @ agressor (a). Quando a corda é esticada demais, vem a terceira fase, através do pedido de desculpas e promessas de que as coisas serão diferentes dali para frente. Então vem a quarta fase, da “lua de mel”, onde @ abusador (a) usa de toda sedução e recompensas possíveis para manter a vítima feliz e por perto, até que se reinicie todo o ciclo, uma tensão gradativa. Existem variados tipos de relações abusivas Podem ser as amorosas, conjugais, familiares, com colegas no ambiente de trabalho, entre pais e filhos, entre amigos. Mulheres, infelizmente, são vítimas desde cedo e pesquisas mostram que pelo menos uma em cada três mulheres no mundo já sofreu algum tipo de abuso. Mas homens também  não escapam do controle coercitivo que pode aparecer através do bullying, do preconceito, da alienação parental, do abandono afetivo e até mesmo da superproteção, tema que abordei em uma coluna anterior. Que impacto relações abusivas tem na vida financeira? Vítimas de abuso emocional podem desenvolver comportamentos compulsivos como comprar, investir, trabalhar em demasia e até mesmo gastar muito dinheiro com presentes, tentando agradar parceir@s, familiares, chefes ou amigos. Às vezes, por sentirem-se incapazes, abandonam suas carreiras, ou mesmo nem iniciam, e estabelecem situação de dependência financeira e psicológica. Carregam culpa e sentem-se incapazes de serem amad@s e esforçam-se cada vez mais para agradar, emprestando dinheiro, conta do banco, CPF, ou mesmo entregando suas rendas para administração d@ agressor(a). Se você se identificou com alguma das descrições acima, saiba que já deu o primeiro passo na direção de mudar a situação, uma vez que pode ser difícil perceber a relação abusiva. O segundo passo importante é buscar ajuda e intensificar o autoconhecimento para observar comportamentos estabelecidos ao longo de sua história de vida que podem ser trabalhados. Mesmo sendo um dos caminhos possíveis, nem sempre é necessário que a relação seja rompida. O imprescindível é que limites sejam colocados, que o equilíbrio de poder seja restabelecido e que todos os envolvidos possam desfrutar de autonomia, liberdade e empoderamento. Que sejam abolidos os papéis vítima-agressor(a), onde todos são prejudicados, transformando-os em relações de igualdade, parceria, empatia e compaixão.

Mercado financeiro sofre de crise de ansiedade. E agora, como me protejo?

Há inúmeros aspectos sobre finanças e comportamento que o investidor precisa entender. “Sinto tensão. Minha mente elabora uma quantidade enorme de preocupações e possibilidades em frações de segundos. Ela está sempre um passo à frente. Minha mente está muito ativa: traça inúmeras possibilidades”. Esse relato é característico de quem sofre de algum tipo de transtorno de ansiedade, definida na psicologia como um sentimento desagradável de desconforto ou terror derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), antes da pandemia, 33% da população mundial já sofria de algum transtorno envolvendo a ansiedade (ou síndrome do pânico) e havia uma estimativa que, em 2020, essa seria uma das doenças mais incapacitantes do mundo. Soma-se a isso, segundo estudo feito pela Universidade do Rio de Janeiro (UERJ), casos de ansiedade mais que dobraram no período da pandemia. Agora, tomo a liberdade para colocar uma pausa na narrativa descrita acima, como acontece nos cortes de filmes, para mudar de cena.Aparentemente, a descrição que vem a seguir soará como se fosse desconectada do raciocínio anterior, como em uma mudança de ato no teatro, para, na sequência, mostrar a ligação e a possível coerência. Vamos falar do mercado de renda variável. Como é calculado o preço de uma ação? Se a análise usada for fundamentalista (umas das técnicas usadas pelo mercado financeiro), o valor de uma empresa será dado pela projeção de quanto dinheiro ela poderá gerar no futuro (fluxo de caixa), trazido ao presente. Por outro lado, se a análise for gráfica (outra técnica utilizada), o valor da ação será avaliado pelas inclinações gráficas que aconteceram na série histórica projetadas no futuro. A pergunta que lanço é: quanto de ansiedade existe no mercado financeiro e na relação com o dinheiro? Seriam os próprios métodos de precificação de ativos a exata descrição da ansiedade: projeções baseadas em experiências do passado, com antecipação de eventos futuros? Jargões como o “aumento dos juros já está precificado” ou “existe uma bolha no mercado financeiro” ou “tal ação teve alta meteórica (e a empresa está dando prejuízo)” não poderiam ser vistas como narrativas de uma crise de ansiedade generalizada? O ponto aqui não é fazer uma avaliação psicopatológica do mercado financeiro através de sinais e sintomas, mas, sim, chamar sua atenção para o cuidado com a sua saúde ao lidar com o dinheiro. E este será o foco e objetivo desta coluna: na linha da definição sobre ética de Foucault, estimular o exercício da liberdade reflexiva! São inúmeros os aspectos sobre finanças e comportamento e sobre meu “eu” investid@r que há para se pensar, dialogar, divergir e sintetizar, sempre visando a busca por equilíbrio e felicidade e pela saúde financeira, mental e integral, que são direitos e desejos de todos! Aqui passamos de “raspão” sobre os conceitos de tempo e dinheiro, atravessados pela ansiedade. A famosa frase popular “tempo é dinheiro” pode ser a tradução da fórmula matemática de cálculo de juros, que tenta unir objetivamente duas variáveis de recursos escassos, embora ela se esqueça da dimensão psicológica, que dirá humana, do tempo subjetivo e da subjetividade ao lidar com dinheiro. Termino este texto com uma frase de Viktor Frankl, neuropsiquiatra austríaco, em seu best-seller “Em Busca de Sentido” (leitura que recomendo muito!), que ao narrar sua experiência dramática em quatro campos de concentração nazistas disse: “Pode-se tirar tudo de um homem exceto uma coisa: a última das liberdades humanas – escolher a própria atitude em qualquer circunstância, escolher o próprio caminho.”