Criatividade, Sonho e Superação sem limites: Dindara venceu a exclusão social unindo Ciência e Arte
Neste episódio, mergulhamos nas profundezas da experiência universitária de Dindara, explorando o choque de realidades, a busca pela aceitação e a redescoberta do amor pela arte e ciência. 💡🎨 Ouça, enquanto ela compartilha sua jornada, desde a imersão nos estudos para entrar na universidade até a criação de projetos inovadores que mesclam arte e física, inspirando a próxima geração de cientistas! 🚀
Das Finanças à Moda Sustentável: Descobrindo Propósito no Encontro Entre Paixão e Profissão
Hoje conversamos com a Bárbara Barroso. Ela conta como enfrentou o desafio de migrar do mercado financeiro para seguir seu sonho de impactar positivamente o mundo através da moda sustentável. Confira a reviravolta inspiradora dessa mineirinha que venceu a pressão social para ouvir a voz de seu coração.
‘A inflação é a maior inimiga do amor’, diz Ana Paula Hornos
Em live, ela ressaltou que questão financeira é a segunda maior causa de divórcio e separação Em um mundo em que problemas financeiros são determinantes para a manutenção de um relacionamento amoroso um período de inflação e de pressão sobre o poder aquisitivo da população como o atual pode representar um risco para os casais. E às vésperas do dia dos namorados, quando é comum a troca de presentes entre os amados, o E-Investidor abordou em live desta quarta-feira se é possível alcançar o sucesso nas finanças compartilhado com um grande amor. O evento on-line contou com a participação da especialista em finanças e comportamento Ana Paula Hornos. De início, Hornos lembrou que a questão financeira é a segunda maior causa de divórcio e separação e defendeu que a conversa sobre dinheiro deve ser recorrente entre os casais. De acordo com ela, a melhor maneira de começar a abordar o tema é escutando o parceiro. “As pessoas têm valores internos diferentes, crenças, princípios diferentes. Então, um tem uma visão e o outro, outra, e aí dá o conflito. Como a gente resolve o conflito? É chegar de uma forma esvaziada. O primeiro exercício para uma conversa dar certo é esvaziar a mente de uma ideia pré-concebida que vá para aquela conversa. Então a postura é de escutar, perguntar qual a opinião a respeito”, disse. Sobre como os casais devem fazer para juntar um bom dinheiro juntos, Hornos comentou que existem vários passos e um deles consiste em viver com 70% da renda, para que 20% possam ser poupados individualmente e destinados para uma reserva e os 10% restantes usados como uma doação, uma contribuição de volta à sociedade. Isso, no entanto, exige flexibilidade de adaptação ao padrão de vida. “A inflação é a maior inimiga do amor. Inflação, desemprego e enfermidade são as principais coisas que causam grande distúrbios na finanças dos casais”, apontou. Ao ser questionada sobre eventuais problemas decorrentes da situação em que um parceiro ganha mais que o outro, Hornos ressaltou que não pode haver uma relação de poder, já que é necessário entender que, enquanto casal, ambos precisam ter a ciência de que formam um par. “Esse desequilíbrio pode mudar ao longo da vida, o importante é que não exista uma situação de relação de poder por meio desse desequilíbrio. O casal tem que entender que eles são pares, porque senão passa a ser um controle abusivo, coercitivo. Você começa a controlar a outra pessoa ou exacerbar o seu poder. Então, sobre a questão de um ganhar mais que o outro, ela precisa ser neutra, precisa estabelecer um acordo”, disse. Na hora da separação, principalmente quando se trata de uma união estável, em que não há um “contrato” assinado, mas uma espécie de “acordo de namoro”, Ana Paula ressaltou que é necessário tomar cuidados jurídicos. “É amoroso falar de contrato. Se você negligência isso, uma hora alguém vai estar descuidado ou ambos saem perdendo”, ressaltou. A questão da traição financeira também foi abordada na conversa. “Uma pessoa que gasta escondido ou acima do orçamento comum e que passa a exceder nos gastos com compras, comprar no cartão escondido, esconde, tira o dinheiro e invade o valor principal, isso caracteriza evasão de bens, se for comunhão total ou parcial de bens. Fazer investimentos escondidos em comunhão total de bens é traição”, disse. “Um caso grave que passou pelo meu atendimento: a pessoa começou a querer investimentos ousados, operação não-estruturada e alavancou o CPF da família inteira, da família da esposa. Além de perder o patrimônio próprio do casal, perdeu o da família inteira, uma dívida muito maior do que tinha. Tudo isso feito escondido. Isso claramente é uma traição”, contou. Hornos ainda reiterou que a inflação é um grande vilão, ao lado da covid-19, que consome a renda e o poder de compra. “Única forma de vencer a inflação é ser investidor e manter os investimentos acima da inflação, a forma de proteger seu patrimônio é investindo de forma que se rentabilize acima da inflação. No orçamento doméstico é flexibilidade, ter a reserva e se adaptar, flexibilizar, fazer contas e entender que o padrão de vida não pode ser mais o mesmo, infelizmente. Assumir decisões conservadoras nos custos fixos”, comentou. Ela também desmentiu a crença popular de que mulher gastam mais do que os homens. A especialista disse que as pesquisas apostam que quem gasta mais é aquele que não sabe quanto é o orçamento familiar. Sobre uma conta conjunta, ela ressaltou que pode ser uma ferramenta excelente, mas exige um nível de maturidade bem forte. “É excelente porque você tem uma visão conjunta e prevalece o coletivo, mas é importante uma liberdade e autonomia para cuidar. Se há uma integração, um nível bom de equilíbrio e ambos vão para o mesmo lado, é excelente”, disse. Por fim, quando questionada se as ações seriam um bom presente para o dia dos namorados, Hornos observou que se a linguagem de amor do casal for essa, então “por que não?”. Ressaltou, porém, que é necessário informação para saber se não vai presentear o parceiro com uma ação que venha a desvalorizar. Uma sugestão é presentear com um curso de educação financeira.
5 dicas para evitar o “sincericídio” na carreira e nos investimentos
Há uma nova tendência viralizando, chamada de “recados sincerões” no ambiente de trabalho Uma frase postada recentemente nas redes sociais exemplifica o poder avassalador do sincericído sobre carreiras e empresas. “Você vai ter que me engolir, pois as reuniões de pauta vão ser comiguinho agora. Vai falar mais m*rda não more”, teria dito uma jornalista sobre seu novo chefe, em seu primeiro dia de trabalho. Esse discurso de sinceridade tóxica, fez a profissional ser desligada da emissora em menos de 24 horas. Em novembro de 2020, o fundador do Alibaba teve que suspender o maior IPO (abreviatura de oferta pública inicial em inglês, referente a abertura de capital de uma empresa, isto é, sua estreia no mercado de ações) da história por cometer um sincericidio, lançando duras críticas contra o governo chinês, em uma reunião de cúpula da liderança política e financeira do país. Por outro lado, nos últimos meses, há uma nova tendência muito divertida viralizando nas redes sociais, chamada de “recados sincerões” no ambiente de trabalho, que pode ser muito positiva e produtiva. Pessoas de diferentes áreas fixam frases sinceronas nas costas de suas cadeiras nos escritórios, revelando de forma bem-humorada seus sentimentos, pensamentos, seu estado de espírito do momento. Por meio de dizeres impressos colados, mandam recado aos colegas sobre suas necessidades, com objetivo de manter o foco nas atividades durante o expediente de trabalho. São espécie de “emojis”, ou frases similares às figurinhas do WhatsApp, vistas em ambientes presenciais. Frases como “Ocupada até 2024, eu sei que é urgente, mas tudo é”, “Por favor, não converse comigo. Só se for fofoca boa”, “Orem por mim que hoje ‘tô’ só por um milagre” ou “Não me chame para um café (pois eu irei)” estabelecem, de forma bem-humorada e sincera, uma empatia entre os colegas, a respeito de necessidades ou estado de humor da pessoa. Existe limite para a sinceridade? Cada vez mais, a manutenção de relações positivas e de confiança entre os colaboradores no local de trabalho torna-se essencial como meio para alcançar bons resultados. Além disso, é crucial que as empresas compartilhem seus dados financeiros de maneira transparente, clara e acessível, para estabelecer confiança com investidores e o público. Governos, do mesmo modo, devem adotar políticas de transparência sobre suas ações, fornecendo informações e prestando contas da sua administração perante a sociedade, para gerar credibilidade sobre sua gestão e sobre o país gerido. No entanto, a mesma intenção de sinceridade pode gerar confiança ou soar como uma ofensiva para o interlocutor. Ser sincero significa honestidade e franqueza ao expressar pensamentos, sentimentos e opiniões, ser verdadeiro e direto, sem enganar ou ocultar intenções. Já o sincericídio é carregado de uma verdade relativa, na qual alguém fala sem ponderar, ignorando os sentimentos e desejos dos outros. O grande diferencial entre a sinceridade e o sincericídio, então, está em saber separar fatos de percepções próprias. Está na habilidade de se comunicar de forma clara, direta e respeitosa, sem ser agressivo ou passivo. Em saber defender seus direitos e interesses, levando também em consideração os direitos dos outros. Como evitar o sincericídio? Portanto aqui vão 5 dicas para evitar o sincericídio e agir de forma transparente e assertiva na vida e no trabalho: 1. Verifique se sua “verdade” está servindo para diminuir, ferir ou desmotivar alguém. Se isso acontecer, será uma sinceridade tóxica;2. Avalie a “verdade” a ser dita com neutralidade. Tente olhá-la por diversos ângulos ou busque distintas visões sobre o mesmo assunto, antes de emitir opinião sobre um tema sensível;3. Procure diferenciar uma opinião que diz respeito a alguém daquela que diz mais sobre você mesmo. Algumas opiniões podem distorcer a realidade por influência da própria história de vida e crenças pessoais;4. Percepções são permeadas pelo estado emocional. Espere o assunto “esfriar” um pouco para ver se suas ideias mudam ou diminuem a intensidade na urgência ou importância para serem expressas;5. Escolha o momento e a forma certa para falar algo. É importante ter uma boa leitura do ambiente e do interlocutor para não ser mal interpretado ou transmitir mensagens erradas ou com ruído. Lembrando que impressões e acontecimentos da vida podem ser ressignificados de modo a gerar novas e positivas narrativas pessoais. Muitas vezes é fundamental silenciar-se, para ouvir os outros e explorar as inúmeras facetas de uma mesma realidade. O primeiro passo é ser sincero consigo mesmo. Conseguir ouvir a si próprio em ambiente seguro e privativo que favoreça a reflexão. Para isso, vale a pena buscar um processo psicoterapêutico de autoconhecimento, de forma a desenvolver uma comunicação mais assertiva consigo mesmo e com os outros ao redor.
Você possui inteligência emocional financeira? Faça o teste e descubra
Uma forma divertida de colocar o tema em discussão vem de uma tendência viral do TikTok A expressão “inteligência emocional” ficou popular por meio do psicólogo e jornalista norte-americano Daniel Goleman, que lançou um livro de mesmo nome em 1995. Desde então, o conceito se tornou amplamente usado no mundo dos negócios. Uma forma divertida de colocar em discussão a inteligência emocional na vida financeira tem sido espalhada, nas últimas semanas, em tendência viral do TikTok chamada ‘Girl Math’. Vários vídeos engraçados mostram a matemática de contas mentais contraditórias usada para justificar gastos excessivos. Uma garota, por exemplo, explica a compra de um vestido caríssimo, acima de seu orçamento, como vantagem de ‘custo-benefício’ ao alegar que usará a mesma peça em quatro festas seguidas. Com isso, ela terá retorno sobre o investimento na roupa. O teste Para cada pergunta, escolha a alternativa que melhor descreve sua reação ou comportamento na situação: 1. Quando você enfrenta uma decepção, como costuma reagir? a. Fica facilmente frustrado (a) e busca formas de compensar o que está sentindo com algo prazeroso, como comprar ou apostar; b. Busca soluções para se acalmar antes de agir. Procura desenvolver autoconhecimento para lidar com as emoções sem precisar de compensações. 2. Ao perceber uma situação de instabilidade financeira na economia ou em sua vida, você: a. Fecha totalmente a “torneira dos gastos” e mobiliza toda a família a fazer o mesmo, para guardar tudo o que puder; b. Entende que a vida é feita de “altos e baixos” e que por isso deve seguir regularmente um orçamento que permita organizar mensalmente seus gastos e investir. Adapta com flexibilidade e equilíbrio o estilo de vida às diversas circunstâncias, para ter sempre uma reserva de emergência e poder enfrentar com tranquilidade cenários difíceis. 3. Se você está em um site de compras ou no shopping e vê o “produto dos seus sonhos” que tem um preço bem acima da sua realidade financeira, você: a. Compra, mesmo sem ter o dinheiro, utilizando-se de contas e argumentos mentais, para justificar a si mesmo(a) as vantagens da decisão, com pensamentos do tipo: “eu mereço”, “é só parcelar”, “está em oferta”; b. Coloca o item na sua lista de desejos, analisa prioridades e estabelece uma meta de economia mensal para comprar o produto. Espera até conseguir ter o valor integral para comprar, sem comprometer o orçamento. 4. Como você lida com conselhos financeiros? a. Se vê satisfeito(a) com a opinião de alguém que falou aquilo que você já queria fazer; b. Busca diversidade de opiniões e conhecimentos em fontes seguras e confiáveis. Aceita críticas construtivas e toma decisões financeiras importantes mediante análises técnicas e com gestão de riscos. 5. Quando estimulado(a) a praticar a doação em dinheiro, de forma regular, o que você faz? a. Desconsidera o assunto. Afinal, o dinheiro que tem mal dá para cuidar de si mesmo(a) e você já faz doação de roupas e itens que não servem mais; b. Doa, com alegria, um percentual de sua receita mensal, por entender que seus ganhos podem contribuir ajudando outros também. Percebe que, se for bem organizado(a) financeiramente, é possível praticar a doação sem comprometer a própria saúde financeira. 6. Perante a forma de ganhar dinheiro, você: a. Está de olho em todas as oportunidades para enriquecer e fica atrás de dicas arrojadas de investimentos que tragam altos retornos em prazos mais curtos. Afinal de contas, “quem não arrisca não petisca”; b. Entende que o principal capital é consequência do trabalho bem-feito, com qualidade e propósito. Perante os investimentos, mantém uma coerência de estratégia de carteira, no longo prazo, para ganhos de capital incrementais. 7. Quando você comete um erro financeiro importante, como costuma se tratar? a. Fica extremamente autocrítico(a) e se culpa muito. b. Aceita a responsabilidade, aprende com o erro e tenta não repeti-lo nas próximas decisões. Busca ajuda se necessário, para desenvolver novos repertórios comportamentais e evitar escolhas futuras erradas. Se a maioria de suas respostas estão ligadas à primeira alternativa de cada pergunta, pode indicar que você tem feito escolhas menos saudáveis em sua vida financeira. A segunda alternativa de cada teste estaria conectada a respostas mais saudáveis, indicando habilidades de inteligência emocional mais maduras e autocontroladas nas finanças pessoais. É claro que esse teste é apenas uma introdução e não substitui uma avaliação completa de um profissional de psicologia. E, por falar em testes psicológicos, aproveito para cumprimentar meus colegas de profissão pelo dia 27 de agosto, quando é celebrado o Dia do Psicólogo. Feliz dia a todos os profissionais da área, que se dedicam com amor a ouvir, acolher, orientar, apoiar e analisar sentimentos, pensamentos e comportamentos humanos.
Os efeitos de um ambiente empresarial tóxico nas finanças dos trabalhadores
Já é provado que ambientes podem oferecer condições para que pessoas adotem bons ou maus hábitos Já é provado pela psicologia experimental que ambientes podem oferecer condições para que pessoas adotem bons ou maus hábitos. Ambientes organizados, com boa governança e bons valores, favorecem que indivíduos se comportem de forma positiva naturalmente, enquanto ambientes tóxicos favorecem o comportamento contrário. Daí vêm as seguintes reflexões: esse raciocínio vale também para o problema do endividamento, que causa tantos estragos à vida das pessoas e famílias? Seria o endividamento uma questão restrita ao comportamento individual quanto ao descontrole, falta de preparação técnica ou psicológica, ou atribuída à influência do ambiente? Um estudo feito na Suécia – publicado em 2018 na coluna VoxEu, pelo Centro de Pesquisa de Política Econômica (The Centre for Economic Policy Research – CEPR) sobre atitudes em relação ao endividamento – apontou que as normas sociais relacionadas à dívida podem tanto aumentar quanto diminuir o comportamento de endividamento, e é um importante fator a ser considerado nas intervenções de saúde financeira de grupos. Isso significa que a cultura de uma empresa pode estimular a saúde ou contribuir danosamente ao adoecimento financeiro de sua equipe. É comum existir uma retroalimentação entre uma cultura empresarial que prejudica a saúde financeira dos colaboradores e o endividamento dos funcionários que prejudica os resultados da empresa. Existe uma relação forte e intrínseca entre saúde mental, saúde financeira e produtividade, muitas vezes não óbvia, mas perfeitamente mensurável. Problemas financeiros dos colaboradores geram impacto na produtividade das empresas por absenteísmo, aumento de fraudes, perda de foco e produtividade e por horas dispensadas para resolver questões financeiras pessoais, além de problemas de saúde mental como crises de ansiedade e depressão. Que fatores gestores precisam estar atentos para avaliar o adoecimento financeiro e mental de sua equipe? Cito alguns: Crédito consignado Entre as várias formas de conseguir acesso a um empréstimo, está o crédito consignado, conhecido pela praticidade do desconto direto na folha salarial e pelo baixo risco para a instituição financeira que empresta, uma vez que o recebimento está atrelado ao salário. Existe uma lenda de que o crédito consignado privado seria um “benefício” oferecido pelas empresas aos funcionários para “ajudá-los” a ter mais dinheiro disponível, a uma taxa de juros mais baixa que o mercado em geral. O assunto já começa polêmico, quando ocorre a venda ou alienação pela empresa da folha de pagamento a um banco privado. Por um determinado período, a empresa ganha benefícios monetários ou em serviços da instituição financeira, porém o que não fica mensurado é o quanto essa aparente vantagem é anulada ou revertida em prejuízos ligados ao endividamento de sua equipe, uma vez que esta é a forma pela qual o banco se remunera. Ambiente competitivo, mas ausência de propósito O foco no desenvolvimento contínuo, o reconhecimento pelo bom uso dos talentos e competências dos funcionários, o incentivo à cultura de senso de contribuição e propósito estimulam comportamentos e decisões financeiras saudáveis na própria pessoa física dos colaboradores, além do impacto positivo que estas iniciativas trazem ao clima organizacional, e por consequência à saúde mental do time. Uma empresa com visão, incentivos e práticas direcionadas ao longo prazo funciona como uma desenvolvedora de repertório comportamental também de longo prazo em sua equipe. Isso leva a um ciclo virtuoso com impactos nas saúdes mental e financeira dos funcionários e, por consequência, nos resultados financeiros da própria companhia. Em contrapartida, ambientes com práticas financeiras pouco rígidas, alta alavancagem, muito competitivo, com incentivos a metas e vantagens individuais de curto prazo, cuja cultura enfatiza a comparação e notoriedade, culminam no estímulo da impulsividade e comportamentos negativos. Em dissertação de mestrado defendida por mim perante banca da USP, foi demostrado por pesquisa que é mais fácil para um indivíduo mudar seu comportamento para uma escolha autocontrolada e mais vantajosa no longo prazo se for estimulado pelo senso de contribuição e uso dos talentos, do que pelo estímulo dos reforçadores de status social e remuneração que favorecem comportamentos impulsivos. Teste de impacto da cultura corporativa sobre a saúde financeira da equipe Para evitar uma conclusão superficial sobre quem é o mocinho e quem é o vilão, é recomendável fazer um diagnóstico completo do impacto da cultura corporativa sobre a saúde financeira e mental da equipe e seus respectivos impactos nos resultados da empresa. É possível fazer um rastreamento estatístico de variáveis como os valores da empresa, alinhamento de missão e propósito, estratégia de remuneração, avaliação de visão de curto e longo prazo da liderança e equipe. Avaliar a estrutura de benefícios oferecidos como plano de previdência, iniciativas de treinamento em educação financeira versus nível de endividamento dos colaboradores, volume de crédito consignado assumido, e medir o impacto na produtividade, clima organizacional e saúde mental da organização como um todo. A partir de um diagnóstico preciso, é possível construir intervenções e “nudges” que possam colaborar não apenas para dar mais qualidade de vida aos colaboradores, mas também para a melhoria dos resultados financeiros da organização.
O que Titanic, submarino e Americanas (AMER3) dizem sobre fracasso
Diferenciar motivadores que trazem impactos positivos dos que podem gerar sérios danos requer muita sabedoria A expressão “grande demais para falir” (“Too big to fail”) ficou bastante popular durante a crise financeira de 2008. Ela se referia a algumas instituições financeiras consideradas tão relevantes, em tamanho e impacto sistêmico, que suas falências eram vistas como eventos impossíveis de acontecer. Especialistas em economia e finanças entendiam que governos e outras entidades do mercado financeiro evitariam a todo custo as consequências graves de um colapso dessas companhias, por meio de aportes e medidas que impedissem uma reação em cadeia de efeitos negativos em todo sistema financeiro. “Grande e majestoso demais para falhar ou afundar”, assim era visto o Titanic, o maior transatlântico da época. Em linha com o mesmo pensamento de grandeza, Stockton Rush, fundador da OceanGate, proprietária do Titan e morto na implosão do submarino durante sua expedição até o naufrágio do Titanic, disse em entrevista anterior ao trágico acidente que “a cápsula do submersível era indestrutível”. Na mesma lógica de magnitude “grande demais para vir à tona”, pode ter sido esse o raciocínio dos fraudadores das Americanas (AMER3) ao manterem, por anos, lançamentos contábeis enganosos? Ou até de auditores, acionistas e bancos que indiretamente alimentaram a dívida bilionária da companhia sem grandes questionamentos? Excesso de confiança Bill Gates disse: “O sucesso é um péssimo professor. Ele faz com que pessoas inteligentes acreditem que não vão perder nunca”. O viés de excesso de confiança tem sido amplamente estudado. Um dos pesquisadores pioneiros foi Daniel Kahneman, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2002. Em colaboração com Amos Tversky na década de 70, descobriu que pessoas tendem a superestimar suas próprias habilidades, conhecimentos e crenças. O excesso de confiança é um fenômeno no qual indivíduos acreditam excessivamente em suas próprias opiniões e capacidades, subestimando riscos e incertezas. Essa atitude pode gerar impactos negativos significativos na vida das pessoas, causar estragos para investidores, levando a decisões imprudentes e com má avaliação de riscos. Erros cometidos na gestão de riscos Em seu livro Psicologia Financeira, Morgan Housel fez a seguinte afirmação: “A linha que separa o ‘inspiradoramente ousado’ do ‘estupidamente imprudente’ pode ter um milímetro de espessura e ser visível apenas em retrospectiva”. Então, como lições, em retrospecto, dos casos Titanic, da implosão do submarino ou das perdas nas Americanas, pode-se identificar três importantes erros comuns na gestão de riscos a serem evitados: 1. Ignorar a importância de antecipar, reconhecer e criar uma matriz de riscos; 2. Não se aprofundar nas informações e em pesquisas quanto aos riscos; 3. Desconsiderar os eventos de alto potencial. Necessidade de notoriedade A mãe de uma das cinco vítimas do submarino contou que seu filho Suleman Dawood, obcecado por cubo mágico, levou o brinquedo no submersível porque queria quebrar o recorde mundial debaixo d’água. A motivação por bater recordes é gerada por uma combinação de fatores, entre eles a busca por reconhecimento, notoriedade e fama. Conseguir diferenciar motivadores que trazem impactos positivos a si próprio e aos outros – como superação pessoal, vontade de explorar o potencial humano para contribuir com a sociedade – dos que podem gerar sérios danos, como ser movido por comparação e prestígio social, requer muita sabedoria e autoconhecimento. Autorreflexão Vários memes circularam nas redes sociais a respeito do trágico acidente do submarino. Talvez o humor, aparentemente contraditório à compaixão esperada frente a uma tragédia, seja uma forma de atenuar a comoção, a tristeza ou o medo perante a fragilidade humana. Ou mesmo uma forma de expressar indignação pelo fato de as vítimas terem muito dinheiro (o que mostra que ricos também cometem imprudências e erros graves) e terem escolhido desperdiçar muitos recursos e a própria vida por diversão, enquanto grande parte da população mundial luta para viver. Não importa se a função do humor dos memes seja uma expressão de autoproteção, comoção ou indignação. Importante, sim, para cada um de nós é fazer uma sincera reflexão sobre os próprios comportamentos e decisões, para identificar a frequência do uso de vieses cognitivos, como os casos do excesso de confiança, da prática de má avaliação de riscos e da busca de notoriedade a serviço da conquista de sucesso, satisfação e felicidade. Pois, como também diz Housel: “Suficiente é perceber que o oposto disso – ter um apetite insaciável por mais – vai levá-lo até o ponto do arrependimento”.
5 dicas para fazer a gestão da restituição do Imposto de Renda
Apesar de a crença popular afirmar que “Dinheiro não tem carimbo”, a economia comportamental mostra outra realidade Os psicólogos Daniel Kahneman (Prêmio Nobel de Economia) em parceria com Amos Tversky, em 1979, desenvolveram uma teoria, baseada em pesquisas científicas, que demonstra que a dor da perda é duas vezes maior que a satisfação em ganhar. Ou seja: a percepção do cérebro sobre um mesmo valor financeiro é diferente, caso o carimbo mental atribuído a ele represente perda ou ganho. A proposta deste artigo é dar dicas sobre como fazer um bom uso da restituição do Imposto de Renda. Então aqui vai uma primeira e importante reflexão: como você enxerga o valor da restituição, como um dinheiro extra ou considera que já era seu e voltou? Dependendo da sua classificação mental e do carimbo que você mesmo atribui ao dinheiro, poderá ter mais ou menos probabilidade psicológica de cuidar desse recurso importante. Se o valor for percebido como uma entrada extra, e não como uma devolução do que já era seu, você terá duas vezes menos chance de cuidar bem do dinheiro que será depositado na sua conta. Dito isso, vamos a algumas dicas para uma boa administração desse recurso sazonal: 1. Atribua o significado correto ao valor recebido: essa recomendação está relacionada à reflexão inicial. Restituição, por definição do dicionário, significa devolução de algo a quem realmente pertence. Então esse dinheiro já era seu, não é extra e, portanto, merece ser bem gerido. 2. Priorize destinar o valor para formação da reserva de emergência: ter uma proteção, um “colchão” para emergências, representa empoderamento, autonomia de decisão, proteção contra crises financeiras e contribui com a saúde mental porque ajuda a reduzir ansiedade e medo dos imprevistos. Dependendo do seu perfil e do tipo de atividade laboral, o número ideal recomendado para totalizar uma reserva de emergência varia de 4 meses a 1 ano equivalentes aos seus gastos. Use a restituição para completar esse valor. 3. Se tiver dívidas, é um bom momento para quitá-las: o dinheiro mais caro que existe certamente são os juros das dívidas. Então, se você recebeu um recurso não recorrente como é o caso da restituição, este é um bom momento para renegociar e saldar dívidas com ele. 4. Pense na sua aposentadoria: embora seja a reserva mais negligenciada, ela é uma das mais importantes. Lembre-se que o dia de se aposentar chegará e ter recursos para sua longevidade física, quando não estiver ou não puder mais trabalhar, é fundamental. Um excelente uso da restituição do Imposto de Renda é destiná-la à formação da reserva de aposentadoria. 5. Exercite seu direito de realizar sonhos: sonhar é um motor da vida e ver sonhos realizados faz parte do significado de ser feliz. Portanto, esse recurso que não está previsto como entrada do seu orçamento mensal pode ser sim ser destinado a realizar algum projeto sonhado! Mas use para algo realmente importante, que valha a pena como registro mental de felicidade. Se, ao final deste texto, você ficou com dúvida sobre qual das 4 dicas finais você deveria seguir primeiro, em grau de prioridade, sugiro a seguinte ordem: quite dívidas e depois monte sua reserva de emergência. Caso você não tenha dívidas e já tenha o valor satisfatório para emergências, distribua a restituição entre 50% para realizar sonhos e 50% para montar a reserva de aposentadoria. Desejo que você cuide bem do dinheiro que volta para sua gestão, sempre vigilante em conhecimento e informação para fazer bons investimentos e bom uso da restituição do Imposto de Renda, com muita sabedoria!
Herança de Gugu: entenda o caso por outro ponto de vista
O assunto é complexo e não se resume ao patrimônio, pois há muitos fenômenos afetivos envolvidos A herança de Augusto Liberato, o Gugu, está sob análise na Justiça, já que a mãe dos filhos dele, Rose Miriam Souza Di Matteo, tenta provar que tinha uma união estável com o apresentador, morto em 2019. Assim sendo, ela teria direito a 50% do patrimônio que Gugu deixou. Em documento de 2016 incorporado ao processo de reconhecimento de União Estável, Gugu teria dito: “Eu, Antônio Augusto Moraes Liberato, tenho uma companheira de muitos anos, Rose Miriam Souza Di Matteo, que é a mãe dos meus três filhos”, com o objetivo de conseguir a permanência legal nos Estados Unidos para toda família. Cinco anos antes, no entanto, o apresentador registrou em testamento a distribuição de 75% do patrimônio para os três filhos e 25% para os cinco sobrinhos, sem incluir Rose na divisão. As discussões sobre sexo, dinheiro e poder permeiam argumentos dos advogados das partes envolvidas na partilha e dividem a opinião pública. Segundo Freud, considerado o pai da psicanálise, “as questões de dinheiro são tratadas da mesma maneira que as questões sexuais: com a mesma incoerência, pudor e hipocrisia”. Em pesquisa feita sobre a escala de atitudes frente ao dinheiro em 1982, Yamauchi e Templer sintetizaram três pilares simbólicos na relação humana com o dinheiro: poder, prazer e segurança, que são atribuídas por Freud também às pulsões sexuais. Desta maneira, sexo, dinheiro, poder e segurança estão intimamente, ou psicologicamente, interligados. Se nas relações humanas indivíduos conseguirem lidar com esses aspectos de forma positiva e com equilíbrio, abrirão espaço virtuoso de empoderamento, amor, felicidade, preservação e proteção da rede envolvida. Se prevalecerem emoções e comportamentos negativos, poderão surgir os relacionamentos abusivos e o controle coercitivo (forma de controle psicológico sobre alguém, dependências e codependência), transtorno emocional caracterizado por dependência excessiva de uma pessoa em relação aos comportamentos disfuncionais do outro. O assunto da herança de Gugu é complexo e não se resume ao patrimônio, pois há muitos fenômenos afetivos envolvidos em torno do tema. Há as relações familiares e seus tipos de apego, há a dor do luto e os conflitos das relações continuadas. Há ainda o reflexo e a projeção da subjetividade e da própria história de vida das pessoas que trabalham no assunto, como advogados, peritos etc., além da subjetividade do juiz que terá que tomar uma decisão sobre o caso. Talvez nem o próprio Gugu tivesse uma opinião clara sobre qual o desfecho ideal da distribuição do dinheiro, dada a variação de sentimentos e emoções que poderiam vir à tona a cada nova informação ou evento apresentado. O importante para quem acompanha o assunto ou se vê em alguns dos personagens dessa história é fazer as seguintes reflexões: 1) Se você tem um patrimônio a distribuir, lembre-se da importância em dar clareza, em vida, à distribuição dele. Faça uma análise sobre a saúde de seus laços familiares e o quanto seus sentimentos ao lidar com o dinheiro fortalecem ou atrapalham a saúde mental e o relacionamento com as pessoas envolvidas. Lembre-se de buscar o caminho sincero do autoconhecimento para essa avaliação. 2) Se você tem uma herança a receber ou já recebeu, esteja atento para preservar seus valores e suas motivações positivas originais, incluindo seu propósito de vida. Muitas vezes, acompanhando a dádiva da herança, surgem problemas operacionais e gerenciais não desejados, conflitos relacionais doloridos e mudanças negativas dos próprios comportamentos. Busque também preparo técnico e emocional para lidar com a nova situação, para que o evento realmente lhe traga felicidade, paz e potencialize seus objetivos e projetos de vida. 3) Se você não tem nenhum patrimônio a receber ou a distribuir, não se sinta infeliz por isso! Mantenha-se firme em seu propósito, no uso de seus talentos como contribuição à sociedade de forma produtiva. Cultive seus relacionamentos, cuide da sua saúde mental e financeira. Como diz Cora Coralina, “não importa o ponto de partida, mas sim a caminhada. Caminhando, semeando ‘e poupando’ (vou usar aqui da minha liberdade literária e acrescentar o poupar à frase de Cora), no fim, sempre terás o que colher”.
Apostas on-line: uma tragédia financeira iminente
Tenho visto, com tristeza, o crescimento do problema em meu consultório “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria.” Se Machado de Assis expressou tamanho sentimento negativo no livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881), o que ele diria hoje, sobre a vida, cenário e o legado a deixar aos jovens nos tempos atuais? Pais se preocupam com o desenvolvimento e bem-estar de seus filhos, assim como líderes precisam estar atentos à saúde física e mental de suas equipes. Temas como desempenho acadêmico, produtividade, envolvimento com drogas, álcool, comportamento sexual irresponsável, bullying, assédio e questões envolvendo estresse, ansiedade e burnout demandam atenção de pais e líderes atualmente. Mas há outro grande problema tomando corpo, capturando na surdina nossos jovens adolescentes e jovens adultos de forma silenciosa e voraz: os jogos de apostas online. No mundo A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou, em 2016, que apostadores perdem US$ 400 bilhões por ano no mundo. Uma pesquisa Associação Nacional de Administradores para Serviços de Jogo Desordenado feita em 2020 apontou 5,7 milhões de americanos com transtorno de jogo. No Reino Unido, a Comissão de Jogos estimou, em 2021, a prevalência do distúrbio do jogo compulsivo em 1% da população economicamente ativa, o que está mobilizando o governo inglês a promover uma grande reforma das leis de jogos de azar para proteger usuários vulneráveis, entre eles os jovens até 24 anos que, segundo as evidências, correm maior risco de sofrerem danos. O problema cresce na era dos telefones celulares, uma vez que a tecnologia possibilita apostar 24 horas por dia, 7 dias por semana, por meio de “cassinos virtuais móveis”. Embora muitas pessoas façam uso apenas recreativo da atividade, cresce o número de casos de dependência, com relatos de trágicas perdas financeiras e até mesmo suicídio. As taxas de jogo problemático são mais altas em quem frequenta cassino on-line do que para aqueles que jogam em salas de bingo ou cassinos presenciais. No Brasil Desde 1946, cassinos físicos são proibidos no Brasil, mas a lei não se aplica aos cassinos on-line. Se o jogador tiver mais de 18 anos e o cassino online não estiver sediado no país, é permitido o jogo. Dessa forma, cresce no Brasil o número de jovens apostadores, incluindo menores de 18 anos. Tenho visto, com tristeza, o crescimento do problema em meu consultório, tanto em número de clientes quanto em valores apostados. O que no início era indicado pelos jovens clientes como uma atividade de lazer e com percentual baixo de alocação saiu da percepção da categoria de despesa para receita. Isso ocorre mesmo que não haja ganhos líquidos e as perdas sejam crescentes, muitas vezes comprometendo 100% dos recursos mensais e até endividamento entre pares adolescentes. Ainda vejo um deslocamento de outras atividades destinadas a lazer, como cinema, lanchonetes e shows, para uso exclusivo em jogos, com privação de outras formas de diversão e interação social. Tais evidências orçamentárias e comportamentais são fortes indicadores da necessidade de intervenção clínica e acompanhamento psicoterapêutico. Os jogos de aposta preferidos entre os jovens brasileiros são as apostas esportivas on-line, que, diferentemente de outras formas de jogo, são mais viciantes. Dada a cultura brasileira muito ligada ao esporte, e em especial ao futebol, muitas vezes as apostas esportivas fogem do radar de risco dos apostadores e familiares, por serem consideradas mais seguras. Na crença de serem guiados mais por seus próprios conhecimentos e habilidades e menos pela sorte, apostadores esportivos apresentam uma falsa ilusão de controle. Não raro, a própria família é incentivadora quando acredita erroneamente haver similaridade entre competências de performance dos apostadores esportivos com as competências dos investidores em renda variável. Gatilhos emocionais Estudos da psicologia comportamental mostram que a redução no atraso entre risco e recompensa, característicos das apostas de jogos ao vivo, provoca aumento na velocidade e frequência do apostar. Também a alternância entre perder e ganhar, chamada tecnicamente de reforçamento intermitente, estimula o forte estabelecimento do padrão de comportamento e grande dificuldade em extingui-lo. Funcionam como reforçadores, além do dinheiro (que exerce papel importante na satisfação generalizada de necessidades, inclusive em continuar jogando), o incentivo em pertencer a um grupo social que participa ativamente do jogar e, não menos impactante, os atraentes recursos sonoros e visuais que os aplicativos ‘gamificados’ de apostas oferecem. O jogo de azar é um grande problema quando se torna patológico. A quinta revisão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais , DSM-V, incluiu o diagnóstico do Jogo Patológico na classificação de Transtornos Relacionados a Substâncias e Outros Vícios, pela semelhança comportamental com a dependência química. Quando devo me preocupar? Fique atento se em você ou em uma pessoa conhecida são identificados pelo menos cinco dos padrões comportamentais a seguir. Eles indicariam potencial diagnóstico do jogo patológico e a necessidade de buscar acompanhamento psiquiátrico e psicoterapêutico.